domingo, 30 de dezembro de 2012

O FUMO E OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO




Todos sabem que fumar faz mal à saúde dos humanos, mas não são só eles que sofrem os males causados pelo tabaco. Os animais de estimação também se expõem a riscos e doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vício é considerado a principal causa de mortes em todo o mundo. Além disso, a fumaça pode afetar a saúde do cão ou do gato, causando problemas respiratórios e de pele.

A lista de possíveis doenças é extensa: rinite, traqueíte (inflamação na traquéia), asma e bronquite são as mais comuns, mas podem ocorrer outras mais graves como o câncer do trato respiratório. Os principais sintomas começam com tosses e espirros. Em gatos com bronquite asmática, há o aumento das crises, podendo levar até à morte por insuficiência respiratória aguda.

Cães de pequeno porte, como o yorkshire, o pug e o poodle, também podem desenvolver problemas respiratórios mais frequentemente por terem o focinho mais chato. Em cachorros com o focinho longo, tumores nos seios nasais podem favorecer o desenvolvimento do câncer.

De acordo com estudos do Departamento de Bioestatística e Epidemiologia da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, os gatos que vivem com fumantes são duas vezes mais vulneráveis ao linfoma felino (tumor que ataca o sistema linfático e destrói as células de defesa), do que aqueles que não ficam expostos à fumaça.
Perigos do tabaco

O tabaco contém dezenas de substâncias cancerígenas e outras toxinas que possuem efeito acumulativo. No Brasil, um estudo do veterinário Marcello Roza para a Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), mostra as conclusões de uma pesquisa feita com 30 cães da raça yorkshire.

Quinze deles tinham um dono fumante, e todos os integrantes desse grupo, sem exceção, apresentaram algum tipo de complicação no sistema respiratório devido à exposição constante à nicotina e ao alcatrão. A doença mais comum ficou conhecida pelo nome de antracose — lesão provocada por partículas de poluentes que se instalam nos pulmões, formando pigmentos negros.

As bitucas de cigarro também são perigosas e, se ingeridas, podem causar envenenamento. Lembrando que 25% da nicotina está concentrada nos filtros. Por isso, mesmo se você não for um fumante, fique atento quando levar o seu animal de estimação para um passeio, uma vez que restos de cigarros podem ser encontrados no chão.

A fumaça pode impregnar nos pelos, e como os bichos possuem o hábito de se lamber, acabam ingerindo altas doses dessas substâncias tóxicas. Se o animal começar a sentir coceiras, espirrar, ter vermelhidão na pele, queda excessiva dos pêlos, feridas no corpo e até lesões na córnea, pode ser um indício de alergia à fumaça.

É necessário realizar exames constantemente para verificar se está tudo bem com o seu pet. Leve-o ao veterinário a cada seis meses (bichos mais jovens) ou no período de um ano (os mais velhos) para a realização de um check-up completo. As doenças relacionadas ao cigarro serão diagnosticadas e tratadas de acordo com a idade e a raça do cão ou do gato.




Ana Rosa Figueira 

PLANTAS TOXICAS E OS ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO








O Brasil é conhecido por abrigar uma diversificada flora, ainda bastante desconhecida e que pode propiciar intoxicações vindas de plantas venenosas (muitas vezes diagnosticadas ou confundidas com doenças infecciosas). O problema ameaça cães e gatos, que podem ingeri-las, seja por disfunções digestivas, deficiências alimentares, distúrbios comportamentais ou simplesmente por puro tédio.
Caso o seu cão ou gato coma alguma delas, entre os diversos sintomas podemos identificar: agitação, sonolência, salivação intensa, vômitos, náuseas, dor abdominal, hemorragias, tremores, falta de apetite, dificuldades respiratórias, alteração do ritmo cardíaco e até óbito.

Tudo irá depender da espécie da planta e da relação de proporção entre o peso do animal, tempo e quantidade ingerida. A suspeita de intoxicação é confirmada, muitas vezes, pela presença de restos de folhas no ambiente junto ao vômito ou fezes. Geralmente, os filhotes de cães são mais suscetíveis a comerem em razão da curiosidade e hábitos da idade.
Segundo a pesquisadora Mitsue Haraguchi, do Instituto Biológico de São Paulo, o consumo de plantas tóxicas se deve principalmente a três fatores: palatabilidade (sabor), fome e sede, o que leva os animais a perderem a capacidade de seleção do que comem.
Selecionamos uma lista das principais plantas venenosas e populares encontradas em jardins, quintais, parques e praças. É importante lembrar que o adubo ou inseticidas também são perigosos para os bichos. Como prevenção, recomenda-se que o dono imprima essa lista e guarde-a, caso o animal de estimação ingira alguma delas:
  • Comigo-ninguém-pode: a ingestão de qualquer parte dessa planta pode causar irritação na boca, edema nos lábios, língua e palato, queimação, salivação, esofagite, dificuldade de se alimentar, cólicas abdominais, náuseas e vômito.
  • Flor das Almas: náusea, vômitos, cólica abdominal, aumento do fígado e baço, hepatite aguda ou crônica. A exposição aos princípios ativos pode provocar uma cirrose hepática.
  • Espirradeira: dor e queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarreia e alterações cardíacas.
  • Mamona: náuseas, vômito, cólicas abdominais e diarreia. Em casos mais graves, podem ocorrer convulsões, coma e óbito.
  • Coroa de cristo: a seiva leitosa causa irritações na pele e na mucosa, inchaço nos lábios, boca e língua, ardor e coceira. O contato com os olhos provoca irritações e inchaço nas pálpebras. A ingestão pode causar náuseas, vômito e diarreia.
  • Copo-de-leite: inchaço nos lábios, boca e língua, náuseas, vômito, diarréia, salivação intensa, dificuldade de deglutição e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação.
  • Bico-de-papagaio ou “Flor do Natal”: a seiva leitosa causa irritações na pele e na mucosas, inchaço dos lábios, boca e língua, ardor e coceira. O contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e alteração temporária da visão. A ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.
  • Pinhão-roxo: náuseas, vômito, cólicas abdominais, dificuldade respiratória, arritmia e parada cardíaca.
  • Saia branca: boca e pele secas, taquicardia, dilatação das pupilas, agitação, alucinação e óbito.
  • Olho-de-Cabra: náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais e diarréia. Os distúrbios gastrointestinais podem levar a desidratações sérias seguidas por convulsões, choque e óbito.

Plantas que causam dermatite de contato

Sangue-de-boi, Coroa-de-Cristo, Bico-de-papagaio, Dedo-do-Diabo, Unha-de-gato, Cambará.

Plantas que podem causar morte súbita

Erva-de-rato, Vernônia, Cipó-prata, Ximbuva.

Outras plantas tóxicas

Aloe Vera (Babosa), Cheflera, Jarro dos campos, Meimendro, Mezereão, Morrião, Oleandro, Orelha-de-elefante, Tremoço, Tulipa, Trombeteira, Alamanda (Roxa), Samambaia, Azaleia, Chapéu de Napoleão.


Em caso de suspeita de intoxicação, preste atenção se há plantas arrancadas ou destruídas e se houve dedetização do ambiente ou aplicação de agrotóxicos no jardim. Se você suspeitar que seu pet tenha comido algo, contate um profissional imediatamente e não tente resolver o problema sozinho.
Dependendo da planta ingerida, os sintomas podem ser agravados caso o proprietário induza o vômito no animal. Isso porque algumas plantas são irritantes e cáusticas para a mucosa oral e para o esôfago. Por isso, lave com abundância a boca do pet. Não dê leite, azeite ou qualquer outro alimento. Não permita que eles comam plantas ou grama durante passeios, pois é comum que elas estejam contaminadas com veneno de rato ou formiga.

ATENÇÃO COM O EXCESSO DE BARULHO NAS FESTAS DE FIM DE ANO!

 




Final de ano é tempo de muita alegria e comemorações. No meio de tantas festas, muitas vezes esquecemos de tomar algumas precauções com nossos cãezinhos que facilmente podem se assustar com os barulhos que acompanham essas comemorações. 

Os cães possuem uma audição bem mais avançada que a dos homens, portanto sofrem muito mais com as músicas, conversas e principalmente com os temíveis fogos de artifício e rojões. O barulho provocado pelas comemorações de final de ano é muito agressivo aos cães, podendo deixá-los estressados e hostis.

Antes das festas é preciso que o dono cuide de seu companheiro, acomodando-o dentro de casa em um lugar seguro, com janelas fechadas para abafar o som e evitar fugas. Estender cobertores nas janelas e no local onde o animal costuma deitar também ajuda a dispersão do som.

Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos que podem ser colocados minutos antes da queima de fogos. Ou mesmo deixar o som ligado com uma música suave para amenizar o barulho dos rojões.

Além disso, não é recomendado acorrentar seu cão pois, com o barulho, eles tendem a correr sem destino, podendo se machucar em função do pânico. Mas nada disso é mais importante do que o dono estar por perto, principalmente durante a queima de fogos.

Em casos extremos, entre em contato com um veterinário de confiança, que poderá prescrever um calmante natural para que seu animalzinho não sofra durante as comemorações.
Faça com que as festas de fim de ano sejam não só agradáveis para você e sua família, como também para seu animalzinho!


Fonte: http://www.inataa.org.br/blog/

sábado, 29 de dezembro de 2012

Cão vira-lata das ondas vira estrela do surfe no litoral paulista

No Quebra-Mar, tradicional point de Santos (a 85 km de São Paulo), dezenas de surfistas estão "dropando" as ondas logo cedo. Alguns já deram a volta ao mundo e fizeram fama no circuito profissional.

A mais nova estrela, porém, ainda está na areia, se aquecendo e esperando para entrar no mar enquanto... late.
É Parafina, um vira-lata que há três anos chegou por ali fugindo do barulho dos fogos de artifício do Réveillon. 

Assustado, foi se esconder na escolinha de surfe de Picuruta Salazar, um dos principais nomes do esporte no Brasil. Acabou adotado pelo surfista.



                         Parafina o cão surfista

O cão Parafina em prancha entra no mar com surfista Picuruta Salazar, em Santos Há cerca de um ano, Picuruta resolveu colocá-lo sobre um "stand-up paddle" --uma prancha que se surfa com remo-- e, segundo ele, o vira-lata não quis mais descer.

Agora, quando os surfistas não o levam para o mar, Parafina fica latindo na areia.
Durante o dia, ele mora na escolinha de surfe. À noite, dorme num quiosque de cocos.
"Ele gosta mesmo é da liberdade que tem aqui. Ele vem, come a ração, bebe água e fica nos esperando para surfar", diz Picuruta.

A última de Parafina é surfar sozinho. Com o auxílio de um surfista, que empurra a prancha, ele desliza sobre as ondas e chama a atenção dos banhistas na praia.
O cachorro ficou tão popular que Picuruta teve que implantar um microchip com seus dados, além da coleira, para que saibam que ele tem dono e que está bem cuidado.

A ideia veio depois que uma mulher tentou colocar uma coleira para levá-lo da praia.
Agora, bem identificado e conhecido, Parafina pode continuar a encarar as ondas.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1207904-cao-vira-lata-das-ondas-vira-estrela-do-surfe-no-litoral-paulista.shtml

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

UNIVERSIDADE TREINA CÃO A DETECTAR BACTÉRIA


Da BBC Brasil


Um estudo realizado pela Universidade VU, de Amsterdã, na Holanda, revelou que cães podem detectar bactérias que causam infecções hospitalares graves, como a Clostridium difficile.
Cliff, um beagle de dois anos usado no estudo, conseguiu detectar a superbactéria com 83% de precisão.
Os testes com Cliff foram feitos em dois hospitais de Amsterdã nos quais, como em outros países, os médicos estão tentando reduzir as taxas de infecção pela bactéria detectada pelo beagle.
Os exames de laboratório usados atualmente são lentos, caros e podem atrasar o início do tratamento em até uma semana.
A Clostridium difficile geralmente afeta pacientes idosos que estão sendo tratados com antibióticos. Ela provoca problemas na flora intestinal, diarreia e, em casos extremos, inflamação intestinal e a morte.
Os cientistas afirmaram que usar um cachorro nos hospitais para detectar os pacientes infectados é uma forma "rápida, eficaz e popular" de evitar a propagação da bactéria.

Universidade treina cão a detectar bactéria hospitalar



A pesquisa foi divulgada na revista britânica especializada British Medical Journal:


Cheiro

Estudos anteriores demonstraram que cães são capazes de detectar vários tipos de câncer.
A ideia de treinar um cachorro para detectar a Clostridium difficile surgiu quando os pesquisadores do Centro Médico da Universidade VU, de Amsterdã, notaram que as fezes contagiadas pela bactéria emitiam um odor específico.
Cliff, que nunca tinha sido treinado para aprender a detectar a bactéria, passou por dois meses de instrução para farejar os odores da bactéria em amostras de fezes e em pacientes contagiados.
Cliff tinha que se sentar ou deitar quando o micro-organismo estivesse presente.
Quando o beagle foi colocado à prova, foram apresentadas 50 amostras de fezes com a bactéria e 50 sem.
Cliff identificou corretamente as 50 amostras positivas e 47 das 50 negativas.
Os números equivalem a uma qualificação de 100% em termos de sensibilidade (a proporção de positivos detectados corretamente) e 94% em especificidade (a proporção de negativos identificados corretamente).
Depois, Cliff foi levado para as salas de dois hospitais para provar sua capacidade em meio aos pacientes.
O cachorro conseguiu identificar corretamente 25 de 30 pacientes infectados (83% de sensibilidade) e 265 de 270 pacientes sem a bactéria (98% de especificidade).
'Rápido e eficaz'
De acordo com os pesquisadores, Cliff "demonstrou ser rápido e eficaz, rastreando uma sala completa do hospital para buscar os pacientes com as infecções da C. difficile em menos de dez minutos".
"Para os propósitos de detecção, o cão não precisou de uma amostra de fezes ou do contato físico com os pacientes", afirmaram os autores da pesquisa.
"Tudo indica que os cães podem detectar a C. difficile no ar em volta dos pacientes", acrescentaram.
Mas, os cientistas holandeses destacam que este foi um estudo inicial e agora deverão fazer pesquisas mais abrangentes.
Também existem algumas dúvidas como a imprevisibilidade de se usar um animal como ferramenta de diagnóstico e o potencial que este animal teria de espalhar infecções.

domingo, 16 de dezembro de 2012

UM SONHO DE CRIANÇA






Ter um animalde estimação como parte da família é o sonho de muitas crianças. Mais do que companheiros de brincadeiras e parceiros afetivos, os bichos trazem inúmeras vantagens para o desenvolvimento e o bem-estar infantil.
A psicóloga e veterinária Ceres Berger Faraco, presidente da Associação Médico-Veterinária Brasileira de Bem-Estar Animal, afirma que crianças se relacionam facilmente com bichos de estimação porque ambos têm duas características importantes em comum: gostam de brincar e possuem uma comunicação mais gestual e menos verbal.



O envolvimento entre eles pode começar desde o berço, desde que supervisionado por adultos. Segundo a psicóloga Kátia Aiello, diretora da área de comportamento animal do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais, o contato do bebê com o animal será sensorial. "Ele vai tocar o bicho, sentir o pelo, a respiração, as emoções. Com isso, vai ser um bebê mais observador."

Quando a criança começa a engatinhar, os adultos devem ficar mais atentos. Com liberdade de movimentos, o bebê começa a ir até o animal e, sem querer, pode machucá-lo ou incomodá-lo em um momento de descanso, provocando mordidas ou arranhões acidentais.

À medida que a criança cresce, o relacionamento muda. Aos poucos, durante as brincadeiras, ela desenvolve uma compreensão maior de que se trata de um ser com vontades e reações próprias e treina sua capacidade de enxergar o mundo por outro ângulo. "Ela aprende a se colocar no lugar do outro. O animal age de uma maneira diferente das outras crianças, e ela vai ter de aprender a lidar com isso", diz Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal e apresentador do programa "Missão Pet", do canal pago National Geographic.

Responsabilidade Para Kátia Aiello, a relação com o animal também permite que a criança exercite sua imaginação, já que é comum que ela dê a ele papéis diferentes em cada brincadeira. O bicho também fará com que ela comece a perceber as necessidades de outro ser e assim desenvolva noções de responsabilidade. "Com cinco anos, a criança pode começar a ver que o animal precisa de água senão ele morre de sede, por exemplo."

Kátia diz que, por volta dos sete anos, a criança tem capacidade de participar dos cuidados básicos com o animal, como ajudar no banho, no passeio e na escovação. "Coincide com a fase em que ela começa a cuidar de si mesma, passa a tomar banho sozinha."

Alexandre Rossi afirma, no entanto, que a responsabilidade nunca deve ser totalmente da criança, pois ela não tem maturidade para compreender todas as necessidades e sentimentos do animal. Além disso, ela não pode ser cobrada pelo trabalho que o bicho dá aos adultos. "Acho ruim quando os pais aceitam ter um animal, mas, cada vez que ele faz alguma coisa errada, culpam a criança. O bicho tem de ser fonte de união na família."

Respeito Outra lição que a criança aprende e coloca em prática com seu bicho de estimação é a do respeito ao espaço do outro. Para Rossi, é função dos pais ensinar ao filho, desde o início, a interagir apenas quando o animal vier até ele. "Precisa evitar que ele fique indo atrás, que mexa com o animal quando ele está comendo ou dormindo."
De acordo com Rossi, é preciso que o animal tenha um lugar sagrado dentro de casa, onde ele saiba que não será importunado e no qual se abrigará quando quiser descansar ou estiver sentindo alguma dor.

O bicho certo muitos pontos devem ser levados em conta na decisão de trazer um animal para a família, tendo sempre em vista que gatos e cachorros podem viver até 18 anos. "Deve haver um planejamento familiar com a participação da criança. Ajudar na decisão, acompanhar esse processo, é também um ótimo exercício de aprendizado", declara Ceres Faraco.



 Algumas raças de cachorros são mais adequadas ao convívio com as crianças do que outras. Confira a seguir algumas dicas dos especialistas ouvidos nesta reportagem:

- Labrador e golden retriever: 
Ótimas companhias por serem brincalhões e dóceis, mas exigem espaço e exercícios;
- Border collie e beagle:
Também têm necessidade de bastante espaço e de exercício;
- Shih-tzu:
Gosta de crianças e pode ser criado em ambientes pequenos;
- Poodle:
Muito afetuoso e inteligente, mas tem mania de querer mandar na casa.
- Sem raça definida:
Também podem ser brincalhões e pacientes com crianças, mas só devem ser adquiridos com um ano e meio ou dois anos de idade, quando seu comportamento já puder ser avaliado.


Na hora de escolher o tipo de animal, é preciso combinar aquele com potencial de melhor convívio com a criança com as condições que a família possui de dar a esse novo integrante uma boa qualidade de vida. "O cachorro labrador virou moda porque é muito ativo e brincalhão, mas precisa de muitos cuidados senão destrói a casa", diz Kátia.

É preciso avaliar o espaço disponível, os gastos com banho, vacinas, exames, remédios e ração, além do tempo que os membros da casa terão para dedicar ao animal –pelos longos, por exemplo, demandam escovações constantes.

Entre os cachorros, há raças que interagem melhor com crianças (veja quadro ao lado). Felinos também podem ser ótimas companhias na infância. "Existe muito preconceito contra gatos, e não só no Brasil", diz Alexandre Rossi. Mas esses animais são mais delicados e têm menos tolerância a brincadeiras bruscas, por isso pedem uma vigilância maior.

No processo de escolha, Rossi afirma que é importante deixar que a criança interaja com animais em casas de conhecidos antes de decidir. "Existe uma distância entre o que ela acha que vai poder fazer com aquele bicho, como vai brincar com ele, e a realidade."

Além de gatos e cachorros, há outros animais que podem ser criados em casas com crianças, como porquinhos-da-índia, miniporcos, peixes e aves. Rossi afirma que eles também estimulam a observação e a interação com seres muito diferentes. Além disso, por em geral viverem menos do que cães e gatos, ensinam a lidar com a morte de forma mais leve.

Saúde 

Estudo conduzido na Finlândia e publicado na revista americana "Pediatrics", em julho deste ano, constatou que bebês que tiveram contato com cães ou gatos no primeiro ano de vida apresentaram menos infecções respiratórias e de ouvido do que crianças que não cresceram próximas a esses animais. A pesquisa foi realizada por especialistas ligados ao Hospital Universitário e ao Instituto Nacional de Saúde e Bem-Estar da cidade finlandesa de Kuopio, da Universidade Oriental da Finlândia e da Universidade de Ulm, na Alemanha.

O pediatra Cid Pinheiro, do Hospital São Luiz, em São Paulo, diz que essa pesquisa está de acordo com a "teoria da sujeira". "Um ambiente totalmente estéril é ruim para a criança. Ela precisa ter contato com agentes que estimulem seu sistema imunológico dentro de casa, senão, quando sair desse ambiente, vai sofrer um choque e seu corpo pode não desenvolver a resposta adequada."

Hamilton Robledo, pediatra do Hospital São Camilo, na capital paulista, também não vê problema no convívio desde cedo entre o bebê e o bicho de estimação da família. "Não é porque chegou o bebê que o animal tem de ser abandonado", fala o especialista, que, no entanto, reforça a necessidade de supervisão constante.

Apesar do sinal verde dos dois especialistas, algumas medidas têm de ser observadas. O bicho precisa passar por consultas regulares com um veterinário para prevenir doenças, como toxoplasmose (infecção causada por protozoário), ser vermifugado e vacinado. Também é fundamental que ele tome banhos periodicamente. Outros cuidados incluem ficar atento a doenças de pele que possam aparecer no animal e recolher suas fezes rapidamente, não deixando que fiquem expostas na casa.







Comportamentos comuns nas crianças como beijar o animal, dividir comida com ele ou deixar que ele lhe dê lambidas no rosto não devem ser estimulados nas crianças, mas Robledo fala que são difíceis de serem evitados. "A criança enxerga o animal como amigo, então isso vai acontecer. Desde que o bicho esteja com vacinas e vermífugo em dia, não é o fim do mundo."

Animais que saem de casa sozinhos, como gatos, exigem atenção redobrada. Nesses casos, a visita ao veterinário deve ser de dois em dois meses e os contatos mais próximos, como beijos, precisam ser proibidos.

Se os pais notarem alterações na criança quando ela entra em contato com o animal, como espirros, coceira no nariz ou nos olhos, ela deve ser levada ao médico para uma avaliação. Caso comprove-se que ela tem alergia ao animal, o médico e a família deverão decidir sobre a conduta a ser adotada.

Para o pediatra Cid Pinheiro, nem sempre tirar o animal de perto pode ser a melhor solução. "Se a criança tem três ou quatro anos e já convive com o animal, tirá-lo da casa e do convívio dela seria como um óbito, então depende de cada caso."





Fonte : http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2012/12/05/

EXISTEM PESSOAS QUE NÃO GOSTAM DE CÃES

 

Existem pessoas que não gostam de cães.
Estas, com certeza, nunca tiveram em sua vida um amigo de quatro patas.
Ou, se tiveram, nunca olharam dentro daqueles olhos para perceber quem estava ali.
Um cão é um anjo que vem ao mundo ensinar amor.
Quem mais pode dar amor incondicional,
Amizade sem pedir nada em troca,
Afeição sem esperar retorno,
Proteção sem ganhar nada,
Fidelidade 24h por dia!

Um cão não se afasta mesmo quando você o agride.
Ele retorna cabisbaixo, pedindo desculpas por algo que talvez não fez.
Lambendo suas mãos a suplicar perdão.

Alguns anjos não possuem asas, possuem quatro patas, um corpo peludo, nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência.
Apesar dessa aparência, são tão anjos quanto os outros (aqueles com asas) e se dedicam aos seus humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se.

Que bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão...

(autor desconhecido)

domingo, 2 de dezembro de 2012

BRUNO TAUSZ E ANKA, UMA LIÇÃO DE VIDA !

 
 Cão Anka vom Haus Klem
  Proprietário: Bruno Tauz





5 de janeiro de 1995


Quando acordei Anka vom Haus Klem já não respirava mais. Senti o que todo mundo sente quando perde um ente querido. Meu primeiro impulso foi humano: escrever um artigo contando como sofri com o desaparecimento dela. Mas isso não traria substrato algum e estaria contra tudo o que ela me ensinou.

Este texto deverá conter tudo o que, de BOM e POSITIVO, a Anka deixou para a humanidade. Ela foi gênio!
Posou, pacientemente, com um haltere na boca, num estúdio de fotografia, cheio de refletores, com uma maritaca passeando por cima de sua cabeça, até conseguirmos um flash com a Zeca (maritaca) empoleirada no haltere e de frente para a câmera: foi CAPA do livro Adestramento Sem Castigo.

Anka conquistou árbitros cinófilos com seu simpático latido durante sua apresentação em pista: foi Grande Campeã.
Anka fez demonstrações de adestramento encantando as crianças e apaixonando seus pais: latia para pedir coisas, levava crianças à cavalinho para passear, brincava com os filhos, enquanto seus pais estavam ocupados, e tomava conta deles. Todos queriam uma cachorra assim: foi uma Grande Anfitriã.

Na intimidade do lar, Anka participou de todas as nossas festas, minha e da Rosangela, reuniões, aventuras e experiências; foi uma inigualável companheira nas horas de dificuldade, desde o café da manhã até o boa noite.

A grande lição de vida

Anka me fez compreender que um cão jamais faz coisas erradas. Isto me foi ensinado da forma mais lógica que um ser humano não consegue raciocinar: o conceito de coisa errada foi criado pelo homem, portanto se um cão faz algo que NÓS consideramos errado, fomos nós que não conseguimos explicar a eles que aquilo é errado... e o erro é nosso.


Anka me mostrou que enquanto nós, humanos, precisamos fazer anos de psicanálise para viver o “aqui e agora”, os caninos só conseguem viver desta maneira. Eles desconhecem o lapso de tempo de a dimensão do espaço; portanto não compreendem, por absoluta incapacidade de avaliação dessas dimensões, o passado e o futuro; assim, só vivem o presente.

Um cão não consegue associar, qualquer agressão nossa, a alguma coisa que tenha feito no passado, mesmo que esse passado seja de alguns segundos, portanto:

Castigar um cão para que aprenda a lição e nunca mais repita, além de ser anti didático é totalmente ineficaz.

Quem já tentou explicar a uma criança de uns dois a três anos o que é ontem, amanhã, quinze minutos ou semana que vem, pode imaginar qual seria a dificuldade com um cão.
Foi assim que nasceu o método sem castigo: Anka vom Haus Klem.

O único animal com capacidade para a obediência é o homem.

Obedecer é fazer o que a gente não está afim, porque alguém está afim... senão!
Para caracterizar a obediência, é absolutamente necessário temer uma represália (futura).
Um cão não obedece !... e jamais obedecerá a quem quer que seja.

Anka, então como é que eu vou ensinar um cão a não fazer xixi no tapete?

- É impossível ensinar a um animal a NÃO fazer coisas.

- Nós, animais, só conseguimos aprender a fazer coisas.

-Em vez de ensinar a não fazer no tapete, você tem que condicionar-nos a fazer no lugar da sua melhor conveniência.

-Se você zangar com seu cão no exato momento em que ele estiver fazendo xixi no seu tapete persa, assustado, ele vai parar instantaneamente. Na segunda vez que você pegá-lo em flagrante fazendo xixi, terá ensinado, tão somente, que você não gosta que ele faça xixi, e mais, quando ele fizer, sem você estar olhando, e nada acontecer, terá aprendido a fazer escondido.

-A sua fantasia, Bruno, exige um cão companheiro, educado, valente e, principalmente que, proferida uma palavra de ordem, a execute, para seu orgulho, com presteza e perfeição. Mas, para isso, vocês humanos não querem fazer esforço algum.

-Para vocês humanos, inteligentes e civilizados, o bom comportamento nada mais é, do que uma obrigação, não deve ser premiado.

-O erro é que merece a sua atenção e a sua preocupação.

-Quando você está lendo, estudando ou redigindo uma matéria importantíssima e eu ao seu lado quietinha e bem comportada, não estarei fazendo mais que minha obrigação. 

Jamais terei sua atenção, porque sua tarefa é tão importante, que você não pode desviar sua atenção nem por um só segundo.

-Agora, se eu pegar seu sapato e sair correndo, você larga tudo o que era tão importante e sai correndo atrás de mim.
-Eu acho que você gosta que eu pegue seu sapato e saia correndo.
É, Anka, você tem razão!

A gente só dá valor ao que não presta.
A gente só sabe ensinar o que não pode.
A gente só aprende o que não se deve fazer.

Sabe Anka, os inteligentes humanos consomem 80% de suas vidas pensando, exatamente, no que não querem.

- Pois é Bruno, e tem uns humanos que estudam a fundo tudo o que não pode e depois escrevem num papel e chamam de lei.
Isso, Anka, lei é um texto que descreve, com detalhes, as coisas proibidas e estabelece um determinado valor para cada coisa que não se deve fazer.
Se eu matar uma pessoa, terei que pagar 15 anos de reclusão, mas se for a primeira vez tenho 50% de desconto e se tiver bom comportamento ainda ganho um bonus de 25%.

Anka, eu tenho a impressão que você me conhece muito mais do que eu conheço você...

- Claro, Bruno, você está sempre ocupado. Eu não tenho nada prá fazer o dia inteiro... minha cama é gostosa, a comida vem na hora certa... meu passatempo é ficar olhando prá você e tentar adivinhar o que você vai fazer. Então eu já sei um monte de coisas, por exemplo:

- Quando você pega a minha coleira é porque vai sair comigo.

- Quando você se arruma todo elegante, já sei que vou ficar sozinha.

- Quando você fala: Vamos prá piscina! é o que eu mais gosto.

- Só tenho problemas quando você tenta me ensinar alguma coisa!

- Uma vez é dum jeito, outra vez é ao contrário, aí não consigo lhe entender. Um dia você não deixa subir no sofá, no outro dia você deixa só um pouquinho. Quando você sai eu posso ficar no sofá e ninguém me incomoda. Eu nunca sei...
É que eu sou bonzinho, Anka, e às vezes eu te dou uma colher de chá.

- Não leva a mal não, Bruno, bonzinho nada, acho que você é maluco.

- Eu quando não gosto duma coisa, não gosto sempre. Quando eu gosto, também gosto sempre.
É verdade Anka, achando que estou sendo bonzinho, na realidade estou passando para você a incerteza das regras do jogo. Nunca poderia imaginar que ser bonzinho, na realidade, é maltratar você, é tirar de você a noção correta do que eu gosto e do que eu não gosto.

Já sei! a diferença entre o meu raciocínio e o seu Anka, é que seu raciocínio é lógico e binário e o meu, por ter conhecimento do espaço e do tempo, é cheio de variáveis como talvez, entretanto, só um pouquinho, dessa vez passa, dois erros é mais grave que um e assim por diante.

- Bruno, o que é raciocínio binário?

Anka, raciocínio binário é o que só tem duas possibilidades de resposta: sim ou não / aberto ou fechado / positivo ou negativo / gosto ou não gosto / quero ou não quero. Posso dizer que o raciocínio canino é igual ao do computador: ligado ou desligado.

- E porque você às vezes se zanga comigo e não zanga com o computador ?

Anka, você é fogo! Quer saber mesmo? Quando eu zango com você é porque eu perco a paciência.

- E o que é paciência ?

Paciência é o que nós humanos chamamos de capacidade de aturar coisas que vocês cães fazem e nós não gostamos.


- Então é a mesma coisa que ser bonzinho?

Sabe que eu não tinha reparado nisto! É verdade, Anka e tem mais, se eu zangar, porque perdi a paciência, na verdade o que eu perdí foi a capacidade de argumentar. Terminou minha competência para explicar. Você ganhou!

Toca aqui, companheira, você me deu uma lição de vida que humano algum seria capaz de dar.





Bruno Tausz "In Memorian"

sábado, 1 de dezembro de 2012

NOSSOS AMIGOS OS ANIMAIS



Cão Sting de La Serena (terapeuta na cidade de Campinas), com sua tutora




Oferecem grandes exemplos de amor, amizade, fidelidade, ternura, companheirismo e perdão, desde, porém, que o afeto seja mútuo. Esta relação interespecífica traz significantes benefícios na busca humana pela alegria imediata e sentimentos positivos.

É uma terapia ou magia curativa, necessária para aliviar a tristeza de pessoas depressivas, desamparadas ou idosas, e para amenizar o sofrimento de crianças com doenças crônicas. A convivência de crianças com cães ou gatos pode reduzir a probabilidade de sofrerem de alergias e asma.

O contato permite que seus corpos construam defesas contra alergênicos. Caracteriza, portanto, uma tremenda incoerência abandoná-los por temer a transmissão de doenças. Quando se cuida bem do animal não há, praticamente, risco de contágio.
Por toda parte do mundo vêm à tona pesquisas, relatos e observações científicas que buscam provar a inteligência animal.

É claro que não agem apenas por condicionamento ou como meras máquinas movidas a instinto, como um bestalhão de um filósofo pensava. As evidências são suficientes para comprovar que são possuidores de estruturas e componentes anatômicos idênticos aos do homem e bastante desenvolvidos em algumas espécies.

Além da inteligência, da capacidade de abstração e de raciocínio, eles têm vontade e iniciativa de comportamento, como diz Irvênia Prado, do Grupo de Pesquisas Psicobiofísicas e professora de neuranatomia da Faculdade de Medicina Veterinária da USP. Como não bastasse tanta semelhança demonstrada, a mais recente análise de DNA mostra que há 99,4% de identidade entre o chimpanzé e homem, o que os tornaria “irmão” em vez de “primos”. O macaco está certo em pleitear sua a condição de gente. Afinal, o homem é um ser mutante, que difere apenas por ganhar o raciocínio e apresentar uma linguagem gramatical complexa.Deveria ter muito mais juízo. Mas virou um bicho esquisito, ganancioso e egoísta.

Um bicho que retira impiedosamente animais de seus habitats, de seus filhotes ou de seus pais, como ocorre com as espécies amazônicas, com mercado garantido. Quem possui um casaco de pele, ou almeja a tê-lo, deveria sentir na própria pele que para fazer um simples casaco, dezenas de animais pagam com suas próprias vidas de forma cruel, em nome da vaidade humana. São atraídos por armadilhas, confinados em jaulas minúsculas, sem alimentos, sem cuidados veterinários e sujeitos às condições adversas do clima. Depois morrem afogados, envenenados ou eletrocutados para não estragar a pele.

E o verdadeiro circo de horrores continua, na China. Há vídeos que mostram imagens estarrecedoras sobre gatos que são torturados e mortos com requintes de crueldade. Muitos têm os olhos furados, cabeças esmagadas, corpinhos queimados ou chutados como uma bola de futebol. Filhotes que são mortos e colocados junto à mãe.

O triste caso da cadela Xuxa, uma criatura dócil, companheira, que foi espancada violentamente, por um maníaco, um funcionário público de péssima índole, insano. Mesmo com a cabeça deformada, com patas quebradas, voltou se arrastando, e que teve de tomar a injeção de misericórdia para não sofrer mais.

Apesar de existirem tímidas razões para se crer numa grande mudança de conscientização humana, no sentido de se criar um relacionamento possível e passível com a natureza, espera-se que no futuro o homem possa conviver com outros seres sem pensar em destruir, de maneira absurda, os nossos ecossistemas naturais. Os animais são nobres e dignos de respeito. Jamais foi visto um animal declarar guerra, matar por dinheiro, e assaltar por ganância. Apenas necessitam viver pacificamente, sem fome, sem cativeiro, sem sofrimento, principalmente pela crueldade da exploração e do abandono.






Ana Rosa Figueira

Cão Senso - John Bradshaw

    Livro muito interessante sobre adestramento positivo. John Bradshaw reúne as pesquisas mais recentes sobre os cães, desmistificando conc...