Cão Sting de La Serena (terapeuta na cidade de Campinas), com sua tutora
Oferecem grandes exemplos de amor, amizade, fidelidade, ternura, companheirismo e perdão, desde, porém, que o afeto seja mútuo. Esta relação interespecífica traz significantes benefícios na busca humana pela alegria imediata e sentimentos positivos.
É uma terapia ou magia curativa, necessária para aliviar a tristeza de pessoas depressivas, desamparadas ou idosas, e para amenizar o sofrimento de crianças com doenças crônicas. A convivência de crianças com cães ou gatos pode reduzir a probabilidade de sofrerem de alergias e asma.
O contato permite que seus corpos construam defesas contra alergênicos. Caracteriza, portanto, uma tremenda incoerência abandoná-los por temer a transmissão de doenças. Quando se cuida bem do animal não há, praticamente, risco de contágio.
Por toda parte do mundo vêm à tona pesquisas, relatos e observações científicas que buscam provar a inteligência animal.
É claro que não agem apenas por condicionamento ou como meras máquinas movidas a instinto, como um bestalhão de um filósofo pensava. As evidências são suficientes para comprovar que são possuidores de estruturas e componentes anatômicos idênticos aos do homem e bastante desenvolvidos em algumas espécies.
Além da inteligência, da capacidade de abstração e de raciocínio, eles têm vontade e iniciativa de comportamento, como diz Irvênia Prado, do Grupo de Pesquisas Psicobiofísicas e professora de neuranatomia da Faculdade de Medicina Veterinária da USP. Como não bastasse tanta semelhança demonstrada, a mais recente análise de DNA mostra que há 99,4% de identidade entre o chimpanzé e homem, o que os tornaria “irmão” em vez de “primos”. O macaco está certo em pleitear sua a condição de gente. Afinal, o homem é um ser mutante, que difere apenas por ganhar o raciocínio e apresentar uma linguagem gramatical complexa.Deveria ter muito mais juízo. Mas virou um bicho esquisito, ganancioso e egoísta.
Um bicho que retira impiedosamente animais de seus habitats, de seus filhotes ou de seus pais, como ocorre com as espécies amazônicas, com mercado garantido. Quem possui um casaco de pele, ou almeja a tê-lo, deveria sentir na própria pele que para fazer um simples casaco, dezenas de animais pagam com suas próprias vidas de forma cruel, em nome da vaidade humana. São atraídos por armadilhas, confinados em jaulas minúsculas, sem alimentos, sem cuidados veterinários e sujeitos às condições adversas do clima. Depois morrem afogados, envenenados ou eletrocutados para não estragar a pele.
E o verdadeiro circo de horrores continua, na China. Há vídeos que mostram imagens estarrecedoras sobre gatos que são torturados e mortos com requintes de crueldade. Muitos têm os olhos furados, cabeças esmagadas, corpinhos queimados ou chutados como uma bola de futebol. Filhotes que são mortos e colocados junto à mãe.
O triste caso da cadela Xuxa, uma criatura dócil, companheira, que foi espancada violentamente, por um maníaco, um funcionário público de péssima índole, insano. Mesmo com a cabeça deformada, com patas quebradas, voltou se arrastando, e que teve de tomar a injeção de misericórdia para não sofrer mais.
Apesar de existirem tímidas razões para se crer numa grande mudança de conscientização humana, no sentido de se criar um relacionamento possível e passível com a natureza, espera-se que no futuro o homem possa conviver com outros seres sem pensar em destruir, de maneira absurda, os nossos ecossistemas naturais. Os animais são nobres e dignos de respeito. Jamais foi visto um animal declarar guerra, matar por dinheiro, e assaltar por ganância. Apenas necessitam viver pacificamente, sem fome, sem cativeiro, sem sofrimento, principalmente pela crueldade da exploração e do abandono.
Ana Rosa Figueira
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