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sexta-feira, 30 de novembro de 2012
OS ANIMAIS NECESSITAM DE MEIOS EFICAZES QUE OS PROTEJAM
Jooji Hato é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com curso de pós-graduação nas especialidades de Cirurgia Geral e Cirurgia Pediátrica. Durante sete mandatos consecutivos foi vereador da cidade de São Paulo e cumpre agora na Assembléia Legislativa seu primeiro mandato como deputado estadual. Entre outras causas, Hato é também defensor intransigente dos direitos animais. É dele o projeto de lei que institui a Delegacia Especial de Proteção a Crimes e Maus-Tratos contra Animais no Estado de São Paulo. Sobre este PL e outros relacionados aos animais que o deputado relata na entrevista abaixo dada com exclusividade à redação da ANDA.
ANDA – Seu trabalho parlamentar está se voltando, cada vez mais, para a luta em defesa dos direitos animais. Por quê?
Jooji Hato - Isto é coisa de família. Minha mulher, meus filhos e minha família de forma geral – tenho dois irmãos e um sobrinho veterinários – sempre fomos muito apaixonados por animais, em particular os cães. Já cheguei a ter dez cachorros em minha casa. Eles fazem parte da história de nossas vidas e não há um só episódio familiar sem a participação de um de nossos cães. Já defendo de forma intransigente o direito da população à ordem pública e à qualidade de vida, então, foi de uma forma quase natural que os direitos animais se incorporaram ao meu mandato, porque, através da minha mulher e das campanhas impulsionadas por ela, percebemos que os nossos animaizinhos também precisam – e muito – da proteção parlamentar.
ANDA – Está em tramitação na Assembléia o PL de sua autoria que cria a delegacia especializada de proteção a crimes contraanimais. O que exatamente prevê esse projeto?
Jooji Hato - O PL 1207/11 institui a Delegacia Especial de Proteção a Crimes e Maus-Tratos contra Animais no Estado de São Paulo. Existe hoje uma grande ansiedade acerca da mudança da lei que protege os animais, para que se torne mais rígida e realmente puna o agressor. Isto está sendo realizado através da revisão do Código Penal que ocorre em Brasília. Mas, além da alteração penal, temos que disponibilizar mecanismos eficazes e efetivos que atendam a esta demanda específica da população que é a de ter um local especializado para receber e dar encaminhamento às denúncias de maus-tratos aos animais. A Delegacia proposta pelo projeto de lei viria preencher esta lacuna. A delegacia poderá atuar em vários casos de violência contra os animais, tais como de abandonos, espancamentos, mutilações, envenenamentos, acorrentamento, transporte indevido e até mesmo criminoso de animais, mantê-los com fome, com sede, negar assistência veterinária, obrigá-los a trabalhos excessivos ou superiores a sua força, exposições a shows ou situações que causem pânico ou estresse, brigas em rinhas ou festas ruidosas como a farra do boi.
ANDA – Além da delegacia, o senhor tem algum outra proposta em defesa dos animais?
Jooji Hato - Tenho ainda o PL 206/12 que institui o “Disque-Denúncias de Maus-Tratos aos Animais no Estado de São Paulo. Temos acompanhado, através do site da ANDA e também da imprensa de forma geral, o tratamento cruel que vem sofrendo vários animais em nosso estado. Indefesos, estes animais necessitam de meios eficazes que os protejam. O “Disque-Denúncias de Maus-Tratos aos Animais” vai disponibilizar canais de denúncia à população, que muitas vezes tem conhecimento de casos de maus-tratos, mas que não tem onde recorrer para denunciá-los. Atualmente, as denúncias recebidas não encontram amparo, pois não há atribuições especificas dos órgãos públicos acionados para tal fim. Com a criação de um mecanismo para formalizar as denúncias e centralizá-las num mesmo setor, com o registro e o agrupamento das várias ocorrências, ofereceremos à sociedade dados importantes, impondo às autoridades competentes a necessidade de apurar as denúncias e punir os seus responsáveis.
ANDA – O número de denúncias de maus-tratos aos animais vem aumentando no estado de São Paulo, a que atribui esta situação?
Jooji Hato - Acredito que a sociedade está mais consciente. Há poucos anos atrás, maltratar animais era uma prática normal, assim como a homofobia, o racismo, a violência contra as mulheres. A luta pelo respeito aos direitos das minorias ganhou força, mudou a sociedade e agora, finalmente, está sendo garantido por leis específicas e também pelas alterações do Código Penal. Esta conscientização da sociedade, aliada ao uso das redes sociais fizeram com que o número de denúncias aumentasse. O registro pelo Disque-Denúncia de maus tratos contra animais cresceu cerca de 31% nos últimos 12 meses no Estado de São Paulo, segundo informações do Instituto São Paulo Contra a Violência (ISPCV), que mantém o 181. De novembro a fevereiro, o número de denúncias quase dobrou. Foram 3.105 ligações informando algum tipo de violência contra animais entre março de 2011 e fevereiro deste ano, contra 2.368 casos no mesmo período entre 2010/2011. As denúncias só ficaram atrás de ligações com dados sobre tráfico de drogas, jogos de azar e maus tratos contra crianças, historicamente os três crimes com maior número de denúncias.
ANDA – Qual o maior desafio a vencer com animais domésticos?
Jooji Hato - A população de cães e gatos no Brasil é estimada em cerca de 50 milhões de animais. Só na cidade de São Paulo são 2,9 milhões de cães e gatos. O censo foi realizado pela Faculdade de Medicina Veterinária da USP. Do total, 2,4 milhões são cachorros e 580 mil gatos. 6% deles são cães sem dono ou abandonados, que perambulam pelas ruas. O abandono e o descarte de filhotes são as principais causas. A superpopulação é explicada pelo alto custo da cirurgia para castrar os animais – cerca de R$ 400,00. O alto preço leva alguns donos a abandonar os filhotes de seus animais. Hoje, cães e gatos recolhidos pela prefeitura são mortos com injeções letais. Isto não pode continuar, temos que implantar programas gratuitos de castração e conscientizar os donos de animais sob a posse responsável.
Eu quero aproveitar o ensejo para também parabenizar o trabalho da ANDA e dos demais protetores de animais. Eles não têm voz, precisamos falar e nos manifestar favoravelmente a eles, que estão sempre ao nosso lado, dando exemplo de respeito, perdão, compaixão, alegria, lealdade e fidelidade. Eles são os nossos melhores companheiros em todas as idades.
Eu quero aproveitar o ensejo para também parabenizar o trabalho da ANDA e dos demais protetores de animais. Eles não têm voz, precisamos falar e nos manifestar favoravelmente a eles, que estão sempre ao nosso lado, dando exemplo de respeito, perdão, compaixão, alegria, lealdade e fidelidade. Eles são os nossos melhores companheiros em todas as idades.
Fonte : http://www.anda.jor.br/28/06/2012/os-animais-necessitam-de-meios-eficazes-que-os-protejam
O USO DE CÉLULAS OLFATIVAS NO TRATAMENTO DAS LESÕES DA MEDULA ESPINHAL EM CÃES
O uso de células olfativas no tratamento das lesões da medula espinhal em cães
José Fernando Ibanez
Recentemente, alguns veículos da mídia divulgaram notícias de que o
transplante de células cultivadas a partir de amostras da mucosa
olfativa de cães na medula espinhal poderia restabelecer a capacidade de
deambulação. Depois que se descobriu que existem linhagens de células
capazes de se diferenciar em vários tipos de tecidos e algumas capazes
de “estimular” a regeneração de outros tecidos, muitos estudos têm sido
conduzidos com o intuito de restaurar tecidos danificados.
Isso poderia ser o apanágio para
enfermidades e danos em tecidos com pouca capacidade regenerativa como a
retina, o tecido neural, coração, rins e outros. Nestes tecidos, os
danos geram cicatrizes; e cicatrizes não possuem as mesmas propriedades
funcionais do tecido original. Isso resulta em déficit, que não raro,
culmina com a morte ou perda daquela função.
Uma grande dificuldade que os
pesquisadores enfrentam no uso de células tronco é identificar que
estímulo leva aquela célula tronco a se diferenciar em um tecido
específico: o que faz com que ela se diferencie em células de miocárdio,
de tecido nervoso ou outro qualquer; já que a célula tronco é a base, a
precursora de todas as outras….
A reportagem em questão não faz alusão a
células tronco, ainda que muitos possam assim pensar. A reportagem se
refere à interferência que as células da mucosa olfativa têm sobre a
regeneração do tecido nervoso especificamente. Estudos anteriores
evidenciaram a influência desta linhagem de células sobre a atividade
regenerativa do tecido nervoso.
No presente estudo, publicado na revista
Brain, volume de novembro de 2012, realizado pela Universidade de
Cambridge, 34 cães com paralisia total dos membros posteriores há mais
de três meses foram submetidos a um teste que consistia na injeção de
células da mucosa olfativa no foco da lesão medular. Alguns animais
foram tratados com as células e outros simplesmente receberam placebo. O
estudo foi muito rigoroso e cuidadosamente conduzido para aumentar a
confiabilidade dos resultados.
“Os resultados demonstraram grande
melhora na capacidade de deambulação nos animais que receberam o
‘enxerto’ de células olfativas no local da lesão da medula.” Isto foi o
que se divulgou na mídia.
Para a medicina veterinária isto
poderia, por si só, constituir um grande avanço. E o é! Tanto para a
veterinária quanto para a medicina humana. Entretanto, alguns pontos não
foram divulgados pela mídia: os mecanismos que fazem os cães e os
humanos caminharem são um pouco diferentes: os cães necessitam pouco ou
nada da atividade cerebral para andar; enquanto que os humanos
necessitam de muita atividade e conectividade cérebro-medula para
caminhar. Se um cão tiver conectividade medular ele consegue andar,
ainda que não perfeitamente, sem precisar de atividade cortical cerebral
para isso.
Os resultados do trabalho que
desencadearam estas reportagens demonstraram que apesar dos animais
terem melhorado muito sua capacidade de locomoção, ou seja, conseguiram
“voltar a andar”, não foi possível registrar, nesses animais, melhora na
comunicação entre o cérebro e a periferia. Isto significa que, ainda
que se tenha observado melhora nesses animais, em humanos talvez não
houvesse a capacidade de locomoção. Os autores da pesquisa sugerem que
as células transplantadas, mais que regenerar as áreas afetadas da
medula tenham propiciado “brotamentos” dos neurônios danificados e que
estes possam ter restabelecido alguma atividade medular, mas não a
comunicação entre os tratos medulares e o cérebro.
Ainda que os resultados não sejam tão
animadores eles o são sim! Os animais voltaram a caminhar. Para que
humanos voltem a caminhar, outros estudos e descobertas serão
necessários.
Outro ponto que não foi divulgado nas
reportagens foi o trabalho e custo do processo. Todo o processo, desde a
colheita das células da mucosa olfativa até o enxerto na medula levou
aproximadamente 4 semanas. As células foram colhidas da mucosa do seio
frontal e depois preparadas e cultivadas por várias semanas até que se
multiplicassem e pudessem constituir número suficiente para o enxerto.
Foram enxertadas cerca de 5 milhões de células. Os custos e processos
envolvidos na cultura dessas células inviabiliza a aplicação desta
técnica como rotina na medicina veterinária nos dias de hoje.
Ter um paciente para ou tetraplégico em
casa, seja um cão ou uma pessoa é extremamente desgastante. Um ser que
antes podia fazer tudo ou quase tudo sozinho agora passa a depender das
pessoas para muitas atividades que antes passavam despercebidas. Os
gastos com cuidados paralelos por causa do decúbito prolongado ou
infecções decorrentes da retenção ou incontinência urinária são muito
elevados.
Em cães a principal causa de doenças
medulares é a hérnia de disco. Há diversos tipos de hérnia que podem
acometer cães e gatos de diferentes portes e idades. O mais comum
acomete animais pequenos e médios, com idade entre 4 e 7 anos. O pronto
atendimento e tratamento, quase sempre cirúrgico, são essenciais para a
reabilitação; ainda que em alguns casos o resultado não seja
satisfatório. O animal não volta a caminhar ou permanece com importantes
déficits.
As chances de restabelecimento das lesões medulares por hérnia de disco na medula toraco-lombar giram em torno de 80 – 85%.
Passado algum tempo da hérnia a medula
se degenera e restabelecer a atividade motora é bem mais difícil. A
hérnia de disco pode ter duas manifestações:
- crônica: o animal começa a ficar
incoordenado com os membros posteriores. Essa fase inicial às vezes
passa despercebida ou só é notada quando o paciente está muito
incoordenado. O próximo evento é a perda da atividade motora voluntária
(não consegue se locomover); depois vem a retenção urinária e por
último, a perda da sensibilidade dolorosa. Este tipo de manifestação
pode causar dor na coluna, mas nem sempre isso é identificado pelo
tutor.
- aguda: animal apresenta paralisia
súbita, retenção urinária com ou sem perda da sensibilidade dolorosa.
Nestes casos a dor na coluna é mais notória.
O diagnóstico de hérnia de disco é
clínico e obrigatoriamente requer exames complementares: raios x,
tomografia ou ressonância. O exame radiográfico e a tomografia
geralmente precisam ser contrastados. Nos casos em que há paralisia,
obrigatoriamente o tratamento é cirúrgico. Após a cirurgia é essencial
que o animal passe por um programa de reabilitação (fisioterapia) que
vai enfatizar a recuperação do equilíbrio, restabelecer as vias da
medula responsáveis pelos movimentos e coordenação e restaurar a massa
muscular.
José Fernando Ibanez é Presidente da
Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa-SP) e
Médico Veterinário especialista em ortopedia, com foco especial para o
bem estar, conforto e alívio da dor dos animais.
O QUE É PRECISO PARA SER UM CÃO TERAPEUTA ?
Muitas pessoas me dizem que gostariam de tornar seus cães “Cães Terapeutas”. Mas afinal, o que diferencia um cão terapeuta dos demais?
Estes animais devem ter como principal virtude o amor às pessoas. O cão devem gostar e querer estar com pessoas e seus donos/condutores devem sempre estimular este comportamento.
A socialização é outro ponto importante. Cães bem socializados são mais confiantes e relaxados, pois passam por várias experiências anteriores que lhes proporcionam equilíbrio para lidar com novas situações. Cães terapeutas devem ser socializados em ambientes diversos, devem ir ao shopping, parques, ruas movimentadas, salas fechadas, devem andar de carro, de elevador, etc.
Devem agir com naturalidade frente à pessoas com necessidades especiais e mobilidade reduzida, crianças, adultos e idosos. E também frente à situações envolvendo todo tipo de objetos: guarda-chuvas, bonés, sacos plásticos, cadeiras de rodas, bengalas e andadores.
Também precisamos nos preocupar com a desensibilização. E o que é desensibilização?
É o ato de acostumar o cão a barulhos, toque e odores extremos. Isso é necessário, uma vez que o cão passará por algumas destas situações em seus ambientes de trabalho e deve estar calmo para reagir com equilíbrio, sem medo ou agressividade.
Em relação aos barulhos precisamos fazer com que o cão se acostume com sons estridentes, com volume elevado ou metálicos.
Quanto aos odores, devem ser cítricos, muito doces e alcoólicos. Devem ser aplicados em objetos, panos ou na própria pessoa, que deve abraçar o cão quando estiver perfumada.
A desensibilização ao toque é a mais importante, temos que ensiná-los a gostar de ser tocados: brutamente, devagar, com beijos, com abraços, tendo seus pelos puxados, puxando seus rabos e orelhas, pegando em suas patas, nos bigodes e nas suas bochechas.
Todos estes procedimentos devem ser feitos de forma extrema, mas sem agressividade ou violência. Os cães devem sempre associar o toque a coisas positivas. Aqui a finalidade é mostrar ao cão que estas situações são normais e boas, uma vez que ele pode passar por isso durante uma sessão terapêutica ou em uma visita para atividade.
O adestramento básico deve ser ensinado ao cão para que o proprietário/condutor tenha maior controle. Devem ser ensinados, principalmente, os comandos básicos: “senta”, “deita”, “fica” e andar na guia sem puxar. Sempre lembrando que o treinamento deve sempre ser feito com reforço positivo.
Enfim nossos cães devem estar prontos para serem co-terapeutas e auxiliar nas sessões de terapia e/ou atividades com os assistidos.
Cães Sociabilizados
Pode-se dizer que a grande maioria dos problemas de desajustes comportamentais dos cães está relacionada com a sociabilização.
Mas o que é sociabilização?
É o processo de adaptação de um ser a um grupo social. A convivência em coletividade é inerente a várias espécies de seres, entre eles o cão e o homem.
Seres sociais não conseguem viver sem uma estrutura grupal.
Seres sociais não conseguem viver sem uma estrutura grupal.
No caso dos cães domésticos, eles precisam fazer parte de um grupo para manter sua identidade e segurança. Claro, existem cães de rua que conseguem sobreviver sozinhos. São cães ferais, muito parecidos com lobos solitários.
Então você pode se perguntar: por que meu cão, que vive em grupo, comigo, com a minha família, com a outra cachorra que tenho em casa, com o papagaio, mesmo assim, quando ele sai de casa ou aparece alguma visita, ele vira um terror anti-social?
Acontece que toda família é um grupo social, mas não o único grupo. O cineasta italiano Federico Fellini dizia que a diferença entre comunidade e sociedade é que uma é regida por amor e a outra pelas leis. Como gosto muito dessa definição felliniana, sigo por esse raciocínio poético porém realista.
Para os humanos, a família é a nossa comunidade, é onde encontramos aconchego, segurança e conforto. Esse sentimento também não é diferente para os cães; eles amam e são amados, são afagados, têm seu espaço, sua comida.
A sociedade fica do lado de fora da casa. É a calçada, os carros, as pessoas andando rápido ou devagar, é a bicicleta, o menino no skate, a moto, o cachorro do vizinho com cara de mau, as intermináveis obras na rua… ufa! Mais parece um campo de batalha. Então, que cão vai querer sair do conforto da sua tranqüila comunidade, da sua matilha, para enfrentar a selva de pedra? Somente os cães sociabilizados.
Assim como as crianças, os cães precisam ser ensinados a viver numa sociedade diferente da sua família. Acho até que muitas pessoas percebem essa necessidade, mas esquecem que o tempo do desenvolvimento de um cão é muito mais rápido do que de uma criança.
As fases comportamentais de um cão são semelhantes às de uma criança, mas com ele tudo ocorre num piscar de olhos, seu desenvolvimento se processa muito rápido e, quando percebemos, estamos com um cão adolescente em casa.
A partir dos 20 dias, os cães já começam a se relacionar emocionalmente com seus irmãozinhos de ninhada. O ideal é que ele seja sociabilizado entre seus 21 dias e 6 meses de idade, período que equivale à primeira infância de uma criança (de seu nascimento aos 7 anos de idade).
Nessa fase, o cão deve aprender que no mundo existem os mais diversos tipos de barulho, brincadeiras no parque com bolinha e, principalmente, regras que ele deve aprender a seguir, como não montar em cima de outros cães, obedecer seu dono fora de casa, não latir para estranhos. É essencial que o cão aprenda regras para poder viver socialmente.
A sociabilização é feita através de passeios diários, e mesmo os filhotes que ainda não tomaram todas as vacinas devem ser levados a passear no colo ou no carro. É imprescindível que o cão saia de casa. Também é importante educá-lo desde pequeno para obedecer aos comandos básicos “Senta, Fica, Junto, Aqui”, deixar que ele cheire outros cães e também seja cheirado, permitir que ele o acompanhe a diversos lugares, à padaria, pet shops.
Ensine-o a esperar por você, eduque-o para que ele se mantenha quieto e tranqüilo na entrada de algum estabelecimento, aguardando sua volta, enfim, na medida do possível introduza-o no seu dia-a-dia. Um cão assim sociabilizado, principalmente antes de atingir a maturidade (1 ano), será um animal manso e confiante, despreocupado, que terá prazer em conviver com o mundo externo. Será um cão, por isso mesmo, muito mais feliz.
Carla Bárbaro Venturelli e Kátia Regina Aiello – adestradoras e comportamentalistas
Carla Bárbaro Venturelli e Kátia Regina Aiello – adestradoras e comportamentalistas
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
O TRABALHO DE CÃES NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE DOENÇAS
Através do faro de cães especificamente adestrados, é possível
diagnosticar precocemente alguns tipos de tumores e diabetes de tipo 1 -
que às vezes nem sequer os exames de laboratório evidenciam – além da
narcolexia e da rara doença de Addison.
Após mais de 15 anos de estudos e adestramento de cães com este
objetivo na Grã Bretanha, com publicações em “Lancet” e no “British
Medical Journal”, duas “biblias” da pesquisa médica, agora também na
Itália estão sendo experimentados os “cães doutores”, no caso da raça
Labrador.
A descoberta mais importante, diz a Dra. inglesa Claire Guest, é que se
as células tumorais têm um odor, vírus e bactérias também o têm e
portanto podem ser individuados pelos nossos amigos de quatro patas.
Como acontece o dianóstico? A urina congelada doS pacienteS é recolhida
em recipiente de alumínio e tratada de modo que deixe exalar algumas
partículas voláteis através de aberturas que o cão adestrado fareja (por
duas vezes nos casos duvidosos). Assim faz com todas as amostras de
urina que deve analisar. Depois se senta ou se deita somente diante das
amostras onde farejou a doença. Se a amostra é negativa o cão fica de pé
e fixa insistentemente o condutor.
Se recomeça então com um novo grupo de amostras a serem analisadas. A
precocidade dos diagnósticos é superior a 90% no caso de tumores em fase
inicial.
(Matéria extraída do artigo “Câncer e diabetes, os ‘cães doutores’ os descobrem com antecedência” do dia 09.10.12 – do site www.libero.it )
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