quarta-feira, 29 de junho de 2011

SOBREVIVENDO À PERDA DE UM AMIGO QUERIDO


         Zack de Dois Pinheiros: Canil Serra da Bocaina




Dói muito. Você sente verdadeira dor física. Um buraco negro, no centro do seu peito, que era ocupado com alegria, amor e felicidade. Agora há um vazio, apenas preenchido com mais vazio. Você sofre por dias, e quando pensa que já verteu todas as suas lágrimas, encontra um pratinho dele (a), uma bolinha, “percebe” um movimento no canto do quarto… e as lágrimas rolam de novo. Mas um dia, finalmente, você aceita o vazio e seus olhos começam a secar assim como seu coração começa a tornar-se menos dolorido. “Eu nunca, NUNCA vou substituí-lo (a)”, você declara veementemente, quando amigos, timidamente, tocam no assunto.

Eu poderia estar falando da dor da perda de um cônjuge, de um filho, etc. – mas falo do sofrimento da perda do animal amado – a dor é a mesma. Quem teve um animal e o perdeu, sabe do que estou falando. Estou falando sobre a perda daquele (a) que, talvez, tenha sido a criatura que mais o amou, incondicionalmente, na face da Terra. “E daí? Era só um animal. Supere!”. Muitos amigos não serão grosseiros externando essa opinião, mas você sente estas palavras não faladas.

Abaixo, uma pequena relação do que você deve ou não deve fazer, para amenizar a dor da perda de seu animalzinho:

- Permita-se chorar. Segurar as lágrimas só acumulará toda essa emoção dentro de você, onde ela crescerá, antes de emergir, talvez em um momento inesperado;
- Não tente passar por esse sofrimento sozinho. Se você tem filhos, não pense que o fato é “forte” demais para eles. Sente com as crianças e diga: “Estou triste porque o Zack morreu – vocês também estão?”. E deixe a conversa fluir. Você não só se ajudará, como auxiliará suas crianças a desenvolverem ferramentas emocionais para começarem a lidar com o assunto morte;
- Organize um álbum de fotos, uma caixa de memórias (objetos, fotos, etc.), um memorial online,faça uma tatuagem, etc. Isso conforta muito;
- Converse com amigos empáticos ou familiares, preferencialmente aqueles que convivem com animais;
- Não pense que nunca mais você amará outro animal;
- Concentre-se naquilo que o faz feliz. Muitas vezes, nesse processo, você se esquece de apreciar completamente a beleza em torno de si. Procure não pensar só em sua tristeza e sua perda;
- Compartilhe seu tempo e amor, com alguém que você ame. Se tiver outros animais, passe um tempo adicional com eles. Eles podem estar sofrendo também a mesma espécie de sentimentos de perda que você, e irão apreciar saber que você não os está abandonando;
- Respeite seu tempo de luto, porém continue apreciando o perfume das flores, um glorioso pôr do sol, ouvindo música, vendo um bom filme, ou lendo um livro. Por mais que você não queira encarar, a vida continua, enquanto o tempo cura suas dolorosas feridas.




Ana Rosa Figueira de Castro

domingo, 26 de junho de 2011

PRIMEIROS SOCORROS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO



Estar preparado para uma emergência é muito importante para o seu animal. Damos ênfase mais uma vez ao fato de que, se esta emergência acontecer, você NÃO DEVE PROCURAR AJUDA ON-LINE , principalmente se o seu animal estiver muito machucado e/ou doente. Nós não podemos ajudar nestas situações. Somente o seu veterinário pode ajudá-lo. Para ajudá-lo a se preparar para qualquer emergência que possa acontecer, preparamos algumas dicas de como proceder com seu animal. A primeira dica é perguntar ao seu veterinário como você poderá encontrá-lo caso aconteça alguma emergência.


Ferimentos por Mordidas

Aproxime-se do animal calmamente para evitar uma mordida. Coloque uma mordaça (*qualquer ser vivo, quando em dor extrema, morderá qualquer pessoa se o toque desta lhe causar mais dor ou medo) mas cuidado para não apertar demais e dificultar a respiração do animal. Limpe os ferimentos com muita água limpa. Cubra os ferimentos grandes e abertos para que permaneçam limpos. Faça compressão em ferimentos que estejam sangrando muito. NÃO faça torniquete. Os ferimentos causados por mordidas geralmente infeccionam e precisam de cuidados profissionais.
Ligue para o seu veterinário.


Hemorragias

Aplique uma pressão direta e firme sobre a área hemorrágica até que o sangramento pare. Evite bandagens que possam prender a circulação e torniquetes.
Ligue para seu veterinário imediatamente.



Animal que parou de respirar

Verifique se o animal está engasgado com um corpo estranho (veja ENGASGO).
Se o animal não estiver respirando, coloque-o em uma superfície firme com o lado esquerdo para cima. Cheque o batimento cardíaco colocando seu ouvido no peito do animal. Para localizar o ponto certo , dobre gentilmente a pata dianteira até que o "cotovelo" encoste nas costelas. Este é o ponto ideal para detectar os sons cardíacos. Se o coração estiver batendo mas o animal não estiver respirando, feche a boca do animal, ponha sua mão bem próximo ao focinho, para dar firmeza, e sopre diretamente no nariz dele e não na boca até que você veja o tórax se expandindo. Repita de 12 a 15 vezes por minuto.
Ao mesmo tempo, se não houver batimentos cardíacos, faça massagem cardíaca.O coração se localiza na metade inferior do tórax, atrás do "cotovelo" da pata dianteira esquerda. Coloque uma mão por debaixo do animal para aparar o tórax e coloque a outra mão por cima do coração. Faça compressão do coração gentilmente. Gatos e cães muito pequenos podem receber a massagem cardíaca através da compressão do tórax entre o polegar e os demais dedos da mão (* finja que vai pegar um livro em uma prateleira, a maneira que seus dedos envolverão o livro é como seus dedos devem envolver o tórax do animal). Faça a massagem cardíaca 60 vezes por minuto, ou seja, uma vez por segundo e alterne com a respiração artificial. Duas pessoas são necessárias para um bom trabalho. Ligue para o seu veterinário imediatamente!!! Aprenda a usar estas técnicas antes que você precise delas!


Queimaduras (química, elétrica, térmica )

Lave imediatamente a área queimada com grande quantidade de água fria. Coloque uma saco de gelo no local por 15- 20 minutos. Atenção: não ponha o gelo diretamente sobre a pele do animal, envolva-o em uma toalha ou outro tecido limpo.
Ligue imediatamente para o seu veterinário.



Engasgo (dificuldade respiratória, constante movimento de pata na boca, lábios e língua azul)

Olhe dentro da boca e procure um corpo estranho visível. Se encontrá-lo, remova-o com uma pinça ou alicate de ponta comprida para que o animal consiga respirar. Tenha EXTREMO cuidado de não empurrar o corpo estranho mais para dentro da garganta. Se o objeto continua alojado e imóvel, coloque o animal deitado de lado e faça pressão na altura das costelas com a palma da sua mão, 3 ou 4 vezes. Repita mais algumas vezes até o deslocamento do corpo estranho.

Ligue para o seu veterinário imediatamente, mesmo que você tenha conseguido retirar o corpo estranho pois ele pode ter causado ferimentos internos. Não deixe para depois!


Intermação (respiração acelerada e dificultosa, vômitos, colapso, temperatura elevada)


Coloque o animal em uma banheira, balde ou bacia com água fresca,não use água fria pois pode causar choque térmico. Um banho de mangueira ou envolver o animal em uma toalha molhada também ajuda. Não coloque a cabeça do animal debaixo d’água.
Ligue para seu veterinário imediatamente!!!


Envenenamento

Anote o que foi ingerido e a quantidade (*se for um produto químico ou veneno que você tinha em casa, leve a caixa para o veterinário, muitas vezes as caixas trazem além da base química do remédio, procedimentos de emergência e telefones de centrais toxicológicas).Não induza vômitos!!! No caso de envenenamento de pele, lave com bastante água e um sabonete suave.
Ligue para o seu veterinário imediatamente.


Vômitos

Suspenda a alimentação por 12-24 horas. Depois que o vômito cessar, dê pedras de gelo por 2 horas e comece a aumentar o volume de água e comida até a quantidade normalmente ingerida por dia.
Ligue para seu veterinário.


Diarréia

Suspenda a alimentação por 24h mas dê água à vontade. Dê cubos de gelo.




Ana Rosa Rosa Figueira










HOMEOPATIA ANIMAL: PREVENÇÃO E CURA







Sem reações adversas e com resultados satisfatórios. É assim que atua a homeopatia animal.
Em uma de suas obras, o autor alemão Hans Günter Wolff diz que o mundo animal recebe, na mesma moeda, o que mais fez por merecer, pois até hoje o homem utilizou medicamentos convencionais da indústria farmacêutica, antes experimentados em milhares de animais de laboratório, e que, agora com o advento da homeopatia, pode-se curar animais com os medicamentos experimentados pelo homem.

E foi através desse tratamento que Adriana Ferrete dos Santos encontrou a cura para sua cadela de estimação que sofria com feridas no corpo. “Eu não podia encostar nela para fazer carinho e ela já uivava de dor”, conta Adriana. A queda de pelos de maneira acentuada também preocupava a dona, que decidiu recorrer aos medicamentos homeopáticos. Adriana diz que obteve excelente resultado, pois as feridas começaram a sumir com menos de um mês do início do tratamento.



A questão da administração do medicamento é um ponto referencial do tratamento, que também pode ser usado como um método de prevenção. Os donos não precisam amarrar o animal ou forçá-lo a tomar o medicamento, o que acaba provocando certo grau de estresse. Segundo a médica veterinária homeopata, Suellenn de Oliveira Bittencourt, esses medicamentos são chamados de fatores homeopáticos e podem ser colocados em pequenas doses na água do animal, na ração, ou ainda serem oferecidos diretamente para o animal sem alterações de gosto e/ou cheiro.

Os fatores podem ser para tratamento de infecções, imunidade, estresse, medos, dores causadas por traumatismos e até para a melhora da pelagem do animal. “O fator homeopático para imunidade promove melhor aproveitamento do alimento de forma a ampliar a conversão alimentar e ativa os mecanismos de defesa do animal”, exemplifica a veterinária.

Portanto, a eficiência do uso da homeopatia em medicina veterinária já está comprovada, seja pela cura de animais com diferentes e sérios problemas físicos e mentais, ou por preveni-los dessas enfermidades.
São vários as indicações para o uso dos fatores, entre eles, o aumento da imunidade dos pets.

Através da homeopatia é possível prevenir e tratar doenças, restabelecendo o equilíbrio do organismo do animal, sem que haja resistência do mesmo após um período de tratamento.
De acordo com a bióloga, médica veterinária e engenheira agrônoma, Maria do Carmo Arenales, a homeopatia é capaz de auxiliar de forma preventiva e curativa no tratamento de infecções, carrapatos, pulgas, estresse, doenças de pele e digestibilidade. “A homeopatia tem a vantagem de ativar os mecanismos de defesa do organismo promovendo um equilíbrio. Com um trabalho contínuo, o animal fica mais resistente a doenças oportunistas”, diz.

A facilidade de administração também é característica dos medicamentos homeopáticos pela apresentação em glóbulos, que geralmente são adicionados na água ou no alimento, podendo ser fornecidos diretamente via oral. Além da palatabilidade, não possuem sabor desagradável.
Ao contrário dos medicamentos alopáticos, químicos, a homeopatia não apresenta contra indicações ou efeitos colaterais, pois no processo de fabricação toda a matéria prima do medicamento se transforma em energia.
Muitas vezes os animais começam a adoecer com frequência e por mais que o dono o medique, nada resolve, pois na maioria das vezes o animal já está resistente ao medicamento e o organismo acaba se acostumando com a química que nele é introduzido. Por isso a homeopatia é o caminho para prevenir que o animal fique com a imunidade fragilizada”, afirma Arenales.


Segundo ela, foi desenvolvido um produto que age como medicamento complementar aos tratamentos de afecções cutâneas, com etiologias decorrentes de reações alérgicas. “O Fator Pró Imune Pet é o medicamento que promove uma melhor conversão alimentar ajudando na digestibilidade do alimento, fazendo com que o animal fique com mais virilidade e sadio”, diz.


Desta maneira, a homeopatia vem conquistando clínicas e pet shops especializados que visam oferecer sempre a melhor opção aos clientes.




Dra Carmem Coca 
Médica Veterinária Integrativa

Música Clássica Para Acalmar Os Cães

                         85% dos cães têm o nível de estresse reduzido quando ouvem música clássica 




Se você não sabe mais o que fazer para controlar as estripulias do seu cão, experimente colocá-lo para ouvir sonatas, sinfonias e cantatas.
Cientistas da Universidade Veterinária de Viena, na Áustria, garantem que Mozart e companhia deixam o animal em estado de relaxamento, mandando pra longe qualquer sinal de rebeldia.
“As vibrações provenientes das notas musicais têm ação direta no sistema límbico, região do cérebro responsável pelas emoções”, afirma o veterinário Mário Marcondes, de São Paulo. Com a exposição a melodias tranquilizantes, há uma diminuição da frequência cardíaca e o animal se acalma. “É um ótimo recurso para ambientar um novo animal em casa”, aconselha.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

BEBES QUE CRESCEM COM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO DESENVOLVEM MENOS ALERGIAS


 Foto arquivo pessoal: cadela Augusta da Serra da Bocaina e Johnny


Segundo uma nova pesquisa, bebês que convivem com cães e gatos são menos propensos a desenvolver alergias aos animais mais tarde na vida. Os pesquisadores coletaram informações de 566 crianças e seus pais sobre a exposição das criançasaos animais de estimação e seu histórico de alergias.

Além disso, quando as crianças completaram 18 anos, eles tomaram amostras desangue e as testaram para certas proteínas do sistema imunológico (conhecidas como anticorpos) que lutam contra alérgenos de cães e gatos.


As crianças que cresceram em lares com gatos tinham cerca de metade da probabilidade (48% mais baixa) de serem alérgicas a eles quando adolescentes. Crescer em torno de um cãozinho reduziu o risco de alergias ao cão por aproximadamente a mesma quantidade para os meninos (50% mais baixo), mas não para meninas; uma descoberta que os pesquisadores não conseguiram compreender.

Os cientistas sugerem que as meninas talvez não desenvolvam a mesma imunidade que os meninos porque interagem de forma diferente com os cães; mas é só um palpite.

A pesquisa mostrou que estar exposto aos animais de estimação após o primeiro ano de vida não parece ter qualquer efeito sobre o risco de alergias, o que indica que o tempo pode ser tudo quando se trata de prevenir alergias.

Embora os cientistas não possam dizer com certeza, suspeitam que a exposição precoce a alérgenos e bactérias relacionadas a animais domésticos fortalece o sistema imunológico. 

O corpo se habitua aos alérgenos, e ajuda a criança a construir uma imunidade natural.
“A sujeira é boa”, diz a pesquisadora Ganesa Wegienka. “Se o sistema imunológico estiver ocupado com exposições no início, fica longe do perfil imune alérgico”.

Esse não é o primeiro estudo a achar que ter um animal doméstico pode proteger as crianças de alergias, mas é o primeiro a acompanhar as crianças até que elas alcancem 18 anos. Os estudos anteriores tiveram resultados mistos.
Alguns chegaram a ligar a exposição a cães durante a infância a um risco aumentado de alergia, por isso é muito cedo para recomendar um cão ou gato para afastar alergia em seu filho. Pela mesma razão, não se livre de seu animal de estimação quando tiver um filho, achando que o bicho vai provocar alergias.

“No final, provavelmente vamos descobrir que existem períodos de oportunidade, quando a exposição aos alérgenos, para algumas pessoas, vai ter um efeito protetor”, afirma o especialista em alergia e imunologia, David Nash, que não participou do estudo.

Além disso, é possível que outros fatores, além de ter um cão ou gato, influenciem o risco de alergia. Por exemplo, embora os pesquisadores tenham levado em conta o fato de os pais das crianças serem alérgicos ou não, eles não perguntaram por um histórico familiar mais amplo de alergias ou outros problemas de saúde. Pode ser que as crianças geneticamente predispostas a alergias simplesmente sejam menos propensas a crescerem em lares com animais.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

FESTAS JUNINAS, CUIDADO COM OS FOGOS!





É época de festas juninas. Muita pamonha, canjica, milho, fogueira e os fogos de artifícios. Apesar de ser um momento de festa para as pessoas, para os cães esse momento pode representar uma tortura. Momento de estresse e medo extremo!
Isso porque o barulho alto - das bombas, rojões, estalinhos, enfim, dos fogos de artifícios - para eles, representam um sinal de perigo. Nessa época, os cães costumam ficar agitados, ansiosos, tremem e chegam a perder o apetite.
Mas, o que fazer por nossos cães nessa época? Evitar o sofrimento deles nessa época é impossível, mas podemos tomar algumas medidas para minimizar esse sofrimento:

1- Procure deixar o seu cão em um local seguro e onde o som fique bem abafado (vedando vidros de janelas – as anti-ruído são perfeitas);

2- Tente não agachar e abraçar o seu cão quando ouvir os barulhos, pois eles interpretam essa atitude como medo e sofrimento. O seu papel é ser fonte de segurança, portanto, ao ouvir um rojão ou fogos, comemore e demonstre tranquilidade ao cão;

3 - Muitos cães procuram abrigar-se em locais onde se sentem mais protegidos. Procure deixar um cômodo de sua casa para ser o abrigo preferido do seu cão, evitando que ele tenha acesso à janelas e portas, além de móveis ou outros objetos que possam machucá-lo (isto porque um cão amedrontado tem a tendência a querer fugir);

4 - Sempre que for brincar ou alimentar seu cão, procure fazê-lo neste cômodo, para que ele faça associações positivas com o local e sinta-se mais seguro quando estiver sozinho. Deixe o rádio ou a TV ligados, de preferência com um som tranquilo, em volume mais alto;

5 - Grave os sons de fogos e tempestades e depois reproduza com um volume bem baixo. Enquanto isso observe a reação de seu cão e tente distraí-lo com brincadeiras e petiscos. Aos poucos, vá aumentando o volume do som, respeitando sempre o limite do seu amigo peludo. Já existe no mercado CDs específicos para este treinamento – que pode ser encontrado em pet shops – mas, de qualquer maneira, procure a orientação de um especialista em comportamento animal, pois o treino de dessensibilização auxilia bastante na melhora deste quadro;

6 -Além disso, consulte um veterinário, para avaliar o nível da fobia, pois em certos casos é aconselhado um tratamento com medicamentos;

7 - Respeite sempre os limites do medo de seu cão e faça um treino constante, para garantir uma melhora significativa.



Ana Rosa Figueira de Castro

CÃES DE RESGATE, BUSCA E SALVAMENTO



Eles salvam vidas brincando. É assim que os cães do canil do Corpo de Bombeiros do Ipiranga encaram o trabalho. Graças ao faro e à disciplina, são capazes de encontrar de um brinquedo a uma vítima de acidente.

A ideia surgiu em 1998, com o objetivo de auxiliar as buscas de vítimas soterradas ou sob escombros. Atualmente são 12 cães das raças pastor belga de malinois, labrador, golden retriever, pastor alemão e border colie que servem o Estado. Desses, apenas três são machos. As fêmeas predominam porque, ao contrário dos machos, não têm o instinto de marcar território.

Os requisitos para ser um bom profissional são: instinto de caça apurado, sociável, corajoso, com bastante energia e que não seja agressivo. Qualidades encontradas em todos do quartel visitado pela equipe do Diário para acompanhar alguns treinamentos.

O adestramento começa cedo, assim que os filhotes comprados pelo Estado chegam. Parece puxado, mas para os cães não passa de uma brincadeira.

O cuidador conta com a ajuda de uma segunda pessoa, que se esconde levando um brinquedo. O cão, então, precisa encontrá-los. Assim que localiza, precisa latir para chamar a atenção do resgate. Em seguida recebe a recompensa.

O cabo Maximiliano Panagassi, 38 anos, explica que, em média, leva-se até um ano e meio para que o animal esteja apto para ir às ocorrências. Mas os exercícios não param nunca. "A brincadeira exercita o faro. Por isso, ao longo do treino vamos dificultando para estimular", diz o cabo, que há 19 anos está na corporação e há 13 no canil.

Além do treino no quartel, os animais são levados para áreas externas, em locais com lama, escombros e mata, em temperaturas e horários diferentes.

Não são apenas os cães que passam por treinamento. Os donos também fazem curso de cinotecnia na Polícia Militar, onde aprendem como tratar, adestrar e lidar com o comportamento e doenças dos cães.


PARCERIAS

Jade, Beck e Conan são algumas das responsáveis pelos bons resultados. Quem observa a espoleta Jade (pastor belga de malinoi), 3 anos, não imagina o que traz em seu currículo. Desde os nove meses, começou a trabalhar em deslizamentos em Santa Catarina, depois na explosão em loja que vendia fogos de artifício, em Santo André, e deslizamentos em Mauá. "O serviço de busca é difícil. Por isso o treinamento é fundamental. Estou com ela desde os três meses", explica o cabo Laércio Lelis, 34, responsável pela pastora.

Assim como Jade, Beck tem resistência de sobra e muita responsabilidade nas ocorrências. "Essa raça precisar ter um cuidado no treinamento, mas sempre apresenta bons resultados", afirma Panagassi, responsável pelo animal de 2 anos.
O sargento Marcelo Garcia Dias, 38, prefere a raça labrador. "É mais tranquilo, gosta de brincar e não é tão metódico", afirma.
 

Aposentada, Any vive em São Bernardo


Não são apenas os humanos que se aposentam após um período de trabalho. Os cães também têm, com a vantagem de isso acontecer aos 8 anos. Geralmente, o animal fica com o próprio bombeiro que o acompanha. Caso não seja possível, pode ficar com algum familiar ou conhecido. Se não houver ninguém interessado, fica no quartel.

Esse não foi o caso de Any, uma mistura de golden retrivier e labrador, que há dois está aposentada e vive em São Bernardo com o seu companheiro de trabalho, o cabo Maximiliano Panagassi, 38 anos. Existe um termo de doação e de responsabilidade que o Estado e o novo dono assinam.
Any, que está com 10 anos, teve brilhante carreira no trabalho no Corpo de Bombeiros do Ipiranga. Por trás dos pelos brancos do focinho e o olhar de preguiça, Any ainda guarda energia para brincadeiras e para destruir alguns objetos da casa.

Enquanto a equipe do Diário esteve na casa do cabo, na sexta-feira, ela se distraía com um pedaço de carvão ou farejava todo o quintal, de grama. "A adaptação dela foi tranquila em casa. Ela tem um bom relacionamento com meus outros dois cães e adora crianças", explica o cabo.


TRAJETÓRIA

Any chegou ao canil por meio de uma doação, com 50 dias de vida. O treinamento começou e, com menos de 1 ano, já saía para ajudar os bombeiros nas ocorrências.
Entre todas de seu currículo, Panagassi destaca a mais importante: Any foi a primeira cadela a localizar vítima com vida no Brasil, em 2001.

O local era soterramento em um depósito de logística na Avenida Aricanduva, na Zona Leste da Capital. "Ela sempre foi muito corajosa e entrava em qualquer lugar para tentar localizar alguém. O bom relacionamento do cão e do bombeiro é fundamental."

Depois vieram outras, entre elas, no Grande ABC. Ela participou das buscas às vítimas soterradas por conta de um desabamento no Jardim Silvina, em São Bernardo. Foram localizadas oito pessoas, sendo sete crianças e um adulto. Any foi a responsável pelo encontro de três crianças.
Também teve boa atuação no acidente do Metrô Pinheiros, em 2007, e do acidente do avião da TAM, em 2008.


Fonte: Diário do Grande ABC


SEU PET PRECISA DE MAIS ATENÇÃO NO INVERNO


                   Cão Pastor Alemão Thimoty da Serra da Bocaina



É comum durante o inverno adotarmos uma postura mais vigilante com relação a algumas atitudes que podem ocasionar doenças que são mais frequentes nessa estação. Da mesma forma devemos proceder com os animais de estimação, que também são mais vulneráveis a certos tipos de patologias nessa época do ano, como gripes.

Algumas recomendações simples, mas que podem fazer toda a diferença nessa questão preventiva, é evitar o exagero no número de banhos. Quando eles ocorrerem, deve-se usar sempre água morna e escolher os horários mais quentes. Outra importante medida é evitar locais onde o animal fique exposto ao frio, vento e umidade.

Além disso, segundo a médica veterinária da Vetnil, Isabella Vincoletto a suplementação com vitamina C desempenha um importante papel também nessa questão. Esse nutriente tem diversas funções no metabolismo, atuando como coenzima e co-fator em várias reações biológicas. Junto com a vitamina E, a vitamina C também age como antioxidante, neutralizando os radicais livres.

O laboratório Vetnil produz um suplemento que pode servir de aliado nessa questão: o Vita-Vet C. Ele supre as necessidades de vitamina C no organismo dos pets. “O uso correto de Vitamina C traz muitos benefícios, tanto para cães e gatos, quanto para outras espécies de animais domésticos, principalmente, no período do ano em que as temperaturas ambientais estão mais baixas”, explica Isabella Vincoletto.

Vita-Vet C® está disponível em frascos de 30 ml. Cada gota do produto contém 12,92 mg de Vitamina C, devendo ser utilizado por via oral. A dose recomendada para cães é de 0,4 a 2 ml ou 8 a 40 gotas do produto, uma a três vezes ao dia; e 0,4 ml ou 8 gotas, de uma a três vezes ao dia para gatos. Já para roedores, répteis, mustelídeos e aves, deve-se diluir 15 gotas do produto em 100 ml de água de bebida. Mais informações pelo SAC 080010 91 97 ou no site da empresa.


E quando o pet já apresenta os sintomas de gripe?


A principal dificuldade na detecção da gripe canina é que os sintomas podem não alterar o comportamento do animal. Por isso, é fundamental que os donos estejam atentos e, se o animal apresentar sinais de gripe, devem procurar orientação do médico veterinário.

“Apesar de haver variação nos sinais clínicos em todos os tipos de doenças, os sintomas mais evidentes de um cão ou gato gripado são a tosse e o espirro, que podem persistir na falta de tratamento. Os animais ainda podem ter secreções nasais, febre e falta de apetite, sintomas que podem evoluir para uma pneumonia ou bronquite se não tratados”, alerta Vincoletto.

Para tratamento das enfermidades respiratórias, com presença de secreções muco-purulentas em cães e gatos, a Vetnil desenvolve o xarope mucolítico e expectorante Mucomucil. O medicamento favorece a fluidificação e a expectoração das secreções respiratórias dos pets por meio da diminuição da viscosidade dessas secreções. 


O produto é feito à base de N-Acetilcisteína e favorece a eliminação de catarros e da coriza nasal, melhorando a capacidade respiratória dos animais. O produto também possui a propriedade de antídoto para casos de intoxicação por Paracetamol.




Fonte: Vetnil




OBS: Sempre consulte seu Veterinário antes de dar qualquer medicamento ao seu cão!

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TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS AJUDA NA DEPRESSÃO



A presença de um animal de estimação em casa pode ir além de uma simples companhia. Ela pode ter também efeitos terapêuticos. Estudos mostram que pessoas que interagem com animais, independentemente da idade, apresentam um nível de estresse menos elevado.

Da mesma forma, males como depressão, ansiedade e solidão são mais raros entre essas pessoas. Além disso, o tempo de recuperação de certas doenças é mais rápido e a pressão arterial mais bem controlada com a zooterapia.

A importância dos animais na prevenção e no tratamento das doenças deve-se, em parte, ao fato de aumentarem a capacidade dos humanos de amar, proporcionam trocas de carinho, o que diminui a ansiedade, além de incentivar a atividade física, como passeios, e novas relações sociais, com os donos de outros bichos.

De acordo com Marco Ciampi, presidente da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil), os animais são um ótimo incentivo para caminhadas diárias e uma boa desculpa para puxar conversa.

A relação entre homem e animal de estimação ou de companhia, como preferem alguns, vem de longa data. No entanto, segundo Ciampi, nos últimos 30 anos, essa relação ficou mais intensa no mundo todo e recebeu o nome de “fenômeno pet”.

Segundo o ambientalista, vários fatores contribuem para esse fenômeno, um deles é justamente o estilo de vida atual.
“A urbanização fez surgir um tipo de população que carece de companhia, porque, muitas vezes, são pessoas solitárias ou casais sem filhos. É a realidade dos tempos atuais”, comenta ele.

Segundo o psicólogo Florêncio Costa Júnior, são vários os estudos que mostram o quanto essa relação entre animais e humanos é importante. Os efeitos são mais sentidos nas crianças e nos idosos.

Nos pequenos, porque os tornam mais responsáveis. De acordo com ele, cuidar de um outro ser é uma espécie de treino para a vida, para a paternidade, além de servir como companheiro.

Para os idosos, principalmente aqueles que não contam mais com a companhia dos netos pequenos, os animais servem para dar uma ocupação e distração.

O amor incondicional e o afeto sincero demonstrado pelos animais contrasta com a sociedade atual, em que prevalecem a ingratidão e o individualismo. “Isso é prazeroso, porque o animal não mente”, alega Júnior.

Apesar da fidelidade e sinceridade dos animais e dos efeitos terapêuticos que o contato com eles provocam nas pessoas, o psicólogo sustenta que não se deve deixar de lado a relação com outros humanos. “Esse contato é indispensável. E quanto mais diversificado o perfil, melhor será o desenvolvimento e maior o enriquecimento cultural das pessoas”.



Ana Rosa Figueira


TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAISMELHORA QUALIDADE DE VIDA EM ASILO DE SÃO PAULO





A Terapia Assistida por animais tratamento de pessoas por intermédio de animais, traz benefícios significativos à qualidade de vida de idosos. O contato com animais como cães, peixes, tartarugas, pássaros e até escargots vem proporcionando um aumento da afetividade, do ânimo e da socialização dessas pessoas, como mostra o projeto implantado pela professora Maria de Fátima Martins, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP.

O projeto “Desenvolvendo a afetividade de idosos institucionalizados através dos animais” existe desde 2006 e tem repercutido positivamente na saúde dos pacientes. A cada 15 dias, um grupo de cinco ou seis alunos de graduação e pós-graduação, tanto da USP como de outras instituições de ensino, faz uma visita às pessoas internadas no asilo São Vicente de Paula, em Pirassununga (SP), e leva animais para interagir com elas. A instituição acolhe cerca de 31 idosos, entre homens e mulheres.

“Desde que implantamos o projeto, observamos inúmeras melhorias na qualidade de vida desses idosos”, aponta Maria de Fátima, coordenadora da iniciativa e docente do Departamento de Nutrição e Produção Animal da FMVZ, no câmpus de Pirassununga.

Entre os animais, estão cães como labrador, golden retriever, bassê e vira-latas, além de canários e calopsitas. “O importante é que o animal tenha passado por um processo educativo para estar apto a ser levado ao asilo e esteja adequado sob o ponto de vista sanitário”, afirma Maria de Fátima.

Segundo a professora, se antes os idosos se mostravam fechados, sem se comunicar entre si e entediados com a rotina do asilo, agora a realidade é outra. “Eles acabam conversando mais uns com os outros, compartilham experiências de vida, relembram os animais de estimação que tiveram e conseguem sair da rotina”, revela.

Outro aspecto interessante é que os pacientes também se transformam em cuidadores: os pesquisadores instalaram um aquário na instituição para que eles tomassem conta dos peixes. “A cada dez dias, aproximadamente, alguns alunos do projeto vão até lá para supervisionar a iniciativa”, conta.

Os pesquisadores também criaram uma horta dentro do asilo, que fica sob os cuidados dos idosos, e outra dentro do câmpus de Pirassununga, envolvendo alunos de pré-iniciação científica e da terceira idade, onde são cultivadas hortaliças e plantas medicinais.

Com isso há uma interação nas diferentes idades, promovendo um entrosamento e troca de vivencias. “Se antes apenas transmitíamos conhecimento em medicina veterinária, agora nos transformamos em agentes sociais de mudanças”, comemora a professora.

Extensão com pesquisa

Maria de Fátima salienta que o projeto agrega o tripé ensino, pesquisa e extensão, mas, em relação a este último item, destaca o caráter científico com que abordam as atividades no asilo. “Buscamos observar as reações dos idosos, coletar e anotar essas informações para termos material que poderá ser usado em outras pesquisas”, explica. O grupo é formado por veterinários, enfermeiros, geriatras, fisioterapeutas e psicólogos.

Essa inter-relação entre as áreas do conhecimento, explica a professora, é proporcionada pela zooterapia a partir do fato de que o contato com os animais pode ser analisado sobre diversas áreas. “Ao acariciar um cão, por exemplo, o idoso vai estender a mão, ou ainda, pode querer passear com o animal, e isso pode ser útil na área da fisioterapia.

Já um psicólogo pode analisar as reações emocionais do idoso a partir do contato com o animal. Um veterinário pode avaliar o comportamento dos animais diante das pessoas do asilo”, enumera.

O câmpus de Pirassununga oferece a disciplina de Zooterapia desde 2000, e a turma recebe, além de alunos de diversas áreas do conhecimento, idosos participantes do Universidade Aberta à Terceira Idade. “Já fizemos palestras sobre o projeto de zooterapia em escolas e hospitais e fomos convidados para ministrar cursos em universidades de Manaus, Cuiabá, Vitória”, afirma.
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Cão Senso - John Bradshaw

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