Foto arquivo pessoal: cadela Augusta da Serra da Bocaina e Johnny
Segundo uma nova pesquisa, bebês que convivem com cães e gatos são menos propensos a desenvolver alergias aos animais mais tarde na vida. Os pesquisadores coletaram informações de 566 crianças e seus pais sobre a exposição das criançasaos animais de estimação e seu histórico de alergias.
Além disso, quando as crianças completaram 18 anos, eles tomaram amostras desangue e as testaram para certas proteínas do sistema imunológico (conhecidas como anticorpos) que lutam contra alérgenos de cães e gatos.
As crianças que cresceram em lares com gatos tinham cerca de metade da probabilidade (48% mais baixa) de serem alérgicas a eles quando adolescentes. Crescer em torno de um cãozinho reduziu o risco de alergias ao cão por aproximadamente a mesma quantidade para os meninos (50% mais baixo), mas não para meninas; uma descoberta que os pesquisadores não conseguiram compreender.
As crianças que cresceram em lares com gatos tinham cerca de metade da probabilidade (48% mais baixa) de serem alérgicas a eles quando adolescentes. Crescer em torno de um cãozinho reduziu o risco de alergias ao cão por aproximadamente a mesma quantidade para os meninos (50% mais baixo), mas não para meninas; uma descoberta que os pesquisadores não conseguiram compreender.
Os cientistas sugerem que as meninas talvez não desenvolvam a mesma imunidade que os meninos porque interagem de forma diferente com os cães; mas é só um palpite.
A pesquisa mostrou que estar exposto aos animais de estimação após o primeiro ano de vida não parece ter qualquer efeito sobre o risco de alergias, o que indica que o tempo pode ser tudo quando se trata de prevenir alergias.
Embora os cientistas não possam dizer com certeza, suspeitam que a exposição precoce a alérgenos e bactérias relacionadas a animais domésticos fortalece o sistema imunológico.
O corpo se habitua aos alérgenos, e ajuda a criança a construir uma imunidade natural.
“A sujeira é boa”, diz a pesquisadora Ganesa Wegienka. “Se o sistema imunológico estiver ocupado com exposições no início, fica longe do perfil imune alérgico”.
“A sujeira é boa”, diz a pesquisadora Ganesa Wegienka. “Se o sistema imunológico estiver ocupado com exposições no início, fica longe do perfil imune alérgico”.
Esse não é o primeiro estudo a achar que ter um animal doméstico pode proteger as crianças de alergias, mas é o primeiro a acompanhar as crianças até que elas alcancem 18 anos. Os estudos anteriores tiveram resultados mistos.
Alguns chegaram a ligar a exposição a cães durante a infância a um risco aumentado de alergia, por isso é muito cedo para recomendar um cão ou gato para afastar alergia em seu filho. Pela mesma razão, não se livre de seu animal de estimação quando tiver um filho, achando que o bicho vai provocar alergias.
Alguns chegaram a ligar a exposição a cães durante a infância a um risco aumentado de alergia, por isso é muito cedo para recomendar um cão ou gato para afastar alergia em seu filho. Pela mesma razão, não se livre de seu animal de estimação quando tiver um filho, achando que o bicho vai provocar alergias.
“No final, provavelmente vamos descobrir que existem períodos de oportunidade, quando a exposição aos alérgenos, para algumas pessoas, vai ter um efeito protetor”, afirma o especialista em alergia e imunologia, David Nash, que não participou do estudo.
Além disso, é possível que outros fatores, além de ter um cão ou gato, influenciem o risco de alergia. Por exemplo, embora os pesquisadores tenham levado em conta o fato de os pais das crianças serem alérgicos ou não, eles não perguntaram por um histórico familiar mais amplo de alergias ou outros problemas de saúde. Pode ser que as crianças geneticamente predispostas a alergias simplesmente sejam menos propensas a crescerem em lares com animais.
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