A presença de um animal de estimação em casa pode ir além de uma simples companhia. Ela pode ter também efeitos terapêuticos. Estudos mostram que pessoas que interagem com animais, independentemente da idade, apresentam um nível de estresse menos elevado.
Da mesma forma, males como depressão, ansiedade e solidão são mais raros entre essas pessoas. Além disso, o tempo de recuperação de certas doenças é mais rápido e a pressão arterial mais bem controlada com a zooterapia.
A importância dos animais na prevenção e no tratamento das doenças deve-se, em parte, ao fato de aumentarem a capacidade dos humanos de amar, proporcionam trocas de carinho, o que diminui a ansiedade, além de incentivar a atividade física, como passeios, e novas relações sociais, com os donos de outros bichos.
De acordo com Marco Ciampi, presidente da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca Brasil), os animais são um ótimo incentivo para caminhadas diárias e uma boa desculpa para puxar conversa.
A relação entre homem e animal de estimação ou de companhia, como preferem alguns, vem de longa data. No entanto, segundo Ciampi, nos últimos 30 anos, essa relação ficou mais intensa no mundo todo e recebeu o nome de “fenômeno pet”.
Segundo o ambientalista, vários fatores contribuem para esse fenômeno, um deles é justamente o estilo de vida atual.
“A urbanização fez surgir um tipo de população que carece de companhia, porque, muitas vezes, são pessoas solitárias ou casais sem filhos. É a realidade dos tempos atuais”, comenta ele.
“A urbanização fez surgir um tipo de população que carece de companhia, porque, muitas vezes, são pessoas solitárias ou casais sem filhos. É a realidade dos tempos atuais”, comenta ele.
Segundo o psicólogo Florêncio Costa Júnior, são vários os estudos que mostram o quanto essa relação entre animais e humanos é importante. Os efeitos são mais sentidos nas crianças e nos idosos.
Nos pequenos, porque os tornam mais responsáveis. De acordo com ele, cuidar de um outro ser é uma espécie de treino para a vida, para a paternidade, além de servir como companheiro.
Para os idosos, principalmente aqueles que não contam mais com a companhia dos netos pequenos, os animais servem para dar uma ocupação e distração.
O amor incondicional e o afeto sincero demonstrado pelos animais contrasta com a sociedade atual, em que prevalecem a ingratidão e o individualismo. “Isso é prazeroso, porque o animal não mente”, alega Júnior.
Apesar da fidelidade e sinceridade dos animais e dos efeitos terapêuticos que o contato com eles provocam nas pessoas, o psicólogo sustenta que não se deve deixar de lado a relação com outros humanos. “Esse contato é indispensável. E quanto mais diversificado o perfil, melhor será o desenvolvimento e maior o enriquecimento cultural das pessoas”.
Ana Rosa Figueira
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