segunda-feira, 1 de novembro de 2010

EXCESSO DE REFORÇOS VACINAIS EM ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

O texto que segue é um capítulo da minha monografia de conclusão do Curso de Especialização em Homeopatia e refere-se aos excessos de reforços vacinais utilizados por veterinários em todo o mundo, inclusive por mim até muito pouco tempo atrás.

É importante frizar que as informações as quais temos acesso, enquanto cursamos a graduação, são restritas, egoístas e viciadas. Não nos oferecem alternativas, possibilidades ou visões diferenciadas quando o assunto é vacinação. As verdades são maquiadas conforme os interesses comerciais de grandes laboratórios que financiam as pesquisas estimulando o consumo em massa e favorecendo a desinformação.

A medicina transformou-se em um grande e rentável negócio. Diversas Associações Veterinárias em todo o mundo, há anos, vem preconizando reforços vacinais com intervalos superiores a 3 anos, 7 anos e em muitos casos sem nenhum reforço após as primovacinações. É chegada a hora da classe veterinária se posicionar com relação às evidências de novas pesquisas na área de imunologia veterinária e repensarem seus protocolos vacinais.

A política, a tradição, o bem estar econômico de veterinários e de empresas farmacêuticas não devem ser um fator na toma de decisões médicas. Torna-se imprescindível hoje em medicina, reduzir-se as incertezas e riscos, melhorar a eficiência,a viabilidade, os custos e a segurança dos procedimentos médicos. 

Precedentes históricos, crenças e interesses devem ser substituídos por pesquisas científicas na área médica com o intuito de criar-se um elo entre a boa ciência e a boa prática clínica. Para isso é importante a participação do usuário( no caso da veterinária, do proprietário do nosso paciente) na tomada de decisão relacionada ao tratamento e profilaxia das doenças...VAMOS REPENSAR, DESFAZER ANTIGOS PARADIGMAS, CRIAR NOVAS POSSIBILIDADES.


ESTE TEXTO É UMA COMPLEMENTAÇÃO AO JÁ PUBLICADO " ESTAMOS VACINANDO DEMAIS?" NESTE MESMO BLOG. HAVERÃO OUTROS TEXTOS REFERENTES AO MESMO ASSUNTO E DIRIGIDOS AOS CUIDADORES DE ANIMAIS REALMENTE PREOCUPADOS COM O BEM ESTAR E A SAÚDE DE SEUS AMIGOS PELUDOS.


CAPÍTULO 9


PROFILAXIA VACINAL E VACINOSE

A vacinação consiste na utilização do agente causador da doença, seja de forma atenuada (vírus vivos), inativada (vírus morto) ou ainda por produtos derivados de toxinas bacterianas (bacterinas), introduzidos no organismo sob a forma parenteral (injetável) na maioria das vezes, ou por administração oral ou nasal. A finalidade do uso de tais produtos é de provocar no organismo que a recebe, uma imunização ativa artificial (PUSTIGLIONE, 1993).

O produto utilizado na vacinação encontra-se não dinamizado e ainda utiliza muitos agentes preservativos e adjuvantes (alumínio, thimerosol e formaldeído, entre outros), assim como antibióticos e proteínas estranhas anexadas ao produto após passagem por células embrionárias de galinha, patos, macacos e outros (MOTTA et all, 2003).

A segurança, a necessidade e a eficácia das vacinas comerciais e seus protocolos de utilização, vem sendo questionados há muitos anos por alopatas e homeopatas em todo o mundo, seja em medicina humana, seja em medicina veterinária.
Segundo Burnett, homeopata francês que criou o termo, vacinose seria uma doença crônica decorrente de vacinação (apud TEIXEIRA, 2003). Outra descrição mais completa seria a do Doutor Pitcairn, quando enfatiza a ação da energia vital na dinâmica da vacinose:
[...] distúrbio da força vital em decorrência de vacinação e que resulta em alterações mentais, emocionais e físicas que podem em alguns casos, estabelecer uma condição permanente [...] a vacinação também tem a habilidade de bloquear a resposta ao remédio constitucional, obstaculizando a cura de um medicamento adequadamente eleito, segundo a totalidade dos sintomas (PITCAIRN, 2007b, pg 03).

Em sua prática clínica, refere haver um significante número de casos que não reagem adequadamente ao medicamento no caminho da cura, devido ao estabelecimento de doença crônica (miasma crônico) decorrente de vacinação e alega ser o processo de modificação laboratorial à que o agente é submetido na fabricação da vacina, assim como a utilização de preservativos, adjuvantes e antibióticos, os grandes responsáveis pela conversão de uma doença aguda em crônica, neste caso chamada vacinose (PITCAIRN, 2007b).

Pitcairn ainda sugere que em decorrência de vacinações repetidas, doenças agudas como Cinomose mudaram sua forma de apresentação aguda para crônica.
O médico veterinário Don Hamilton, no artigo intitulado “Vaccinations in Veterinary Medicine: Dogs and Cats” também sugere, que vacinas protegem contra doenças agudas, não prevenindo a doença, mas mudando a forma da doença para uma doença crônica. Exemplifica tal fato citando a Doença Inflamatória Intestinal ou Inflammatory Bowel Disease (IBD) em gatos, como uma doença auto-imune intestinal responsável por um estado crônico de diarréia e por vezes vômitos, como resultado da vacinação contra Panleucopenia, cuja sintomatologia mais evidente seria uma má função do trato digestivo, de progressão rápida. Neste caso, além da má função intestinal, com diarréia e vômito, comum a Panleucopenia e ao IBD, faz correlação também entre os baixos níveis de leucócitos encontrados na Panleucopenia e a imunodeficiência encontrada na Leucemia Felina e na Imunodeficiência Felina. Similar conexão tem sido proposta entre Cinomose Canina, Tosse dos Canis e Parvovirose canina já que a Cinomose apresenta tanto sintomas respiratórios como a tosse crônica da Tosse dos Canis, como diarréia severa e vômitos, presente na Parvovirose. Outra conexão importante seria entre as parvoviroses canina e felina (panleucopenia), sugerindo um incremento na vacinação de parvovírus canino nas últimas duas décadas em contraste com a mais longa história de vacinação contra Panleucopenia. Finalmente, são propostas conexões entre a vacinação contra a Raiva e o aumento nas alterações comportamentais de pânico e agressividade em animais. Todas estas manifestações crônicas estariam associadas ao incremento dos programas vacinais em animais de companhia nas últimas duas décadas (HAMILTON, 2007).

Segundo Little, os sintomas da vacinose em humanos, podem incluir febre, convulsões e outras sérias queixas na forma de crises agudas imediatas ou na forma de miasma crônico, podendo produzir sintomas mais severos após meses ou anos da inoculação da vacina e que em muitos casos, a responsabilidade por tal quadro crônico, cairá sobre outras causas ou será considerada idiopática, pela medicina ortodoxa tradicional. Os efeitos crônicos da moderna imunização produzem três síndromes associadas com danos cerebrais, identificadas em humanos: Síndrome Pós Encefalite (PES), Encefalite Pós Vacinal (PVE), e Dano Cerebral Mínimo (MBD). Todas estas três síndromes vêm sendo associadas ao grande incremento de autismo, dislexia, hiperatividade, dificuldades de aprendizado e desordens neurológicas, a partir da introdução de programas obrigatórios de vacinação humana em todo o mundo. Outros sintomas relacionam-se a processos alérgicos como atopia, rinite e asma; artrites, neurites, dor, paralisia muscular; otites crônicas recidivantes, conjuntivites; esclerose múltipla, mielite, desmielinização, convulsões; desordens tiroideanas, hepatite crônica, falha renal, cistite, doenças do trato urinário, disfunção do sistema imune e doenças autoimunes, assim como muitas outras afecções relatadas por médicos alopatas e homeopatas no mundo todo. Alterações nos padrões naturais de sono, de alimentação e comportamentais seriam sintomas latentes da vacinose. Cada vacina apresenta sintomas agudos, latentes e crônicos dos quais somente os agudos a escola ortodoxa associa a efeitos vacinais (LITTLE, 2007b).

A conexão entre os eventos distantes (vacinação) e eventos recentes (novas doenças) não são vistas pela medicina alopática como eventos relacionados, mas segundo os vários autores já citados, cada vacina tem o potencial de produzir uma síndrome insidiosa de sintomas algo similar à doença da qual foi feita, produzindo enfermidades iatrogênicas das mais diversas.

Os protocolos vacinais, em medicina veterinária, são extremamente agressivos. Anualmente, cada cão toma em média de 9 a 13 vacinas por ano na forma de reforços vacinais. Os gatos recebem aproximadamente 5 vacinas ao ano. O sistema imune do animal é invadido por substâncias estranhas, por uma via diferente da infecção natural, com diversos estímulos antigênicos concomitantes sobrecarregando-o de forma ainda pouco elucidada.

Referências bibiográficas do capítulo:
PUSTIGLIONE, M. Homeopatia & Cuidados Básicos de Saúde. 1. ed. São Paulo: Dynamis Editorial, 1998
MOTTA, T.T.P e SCHOENMAKER, N.G.M. A vacinação na Prática Homeopática – Uma revisão Bibliográfica. Revista de Homeopatia, vol 68, 2003
TEIXEIRA, M.ZULIAN. Fundamentação Imunológica da Teoria das Vacinoses. Revista de Homeopatia (Publicação Associação Paulista de Homeopatia) vol.68, no.1-2/2003, pág 29-46
PITCAIRN,R.H. A New Look at the vaccine Question. Disponível em http://www.drpitcairn.com/talks/looking_at_vaccines.html , acesso em : 02/03/2007b
HAMILTON, D. Vaccinations in Veterinary Medicine: Dogs and Cats. Disponível em: http://www.shirleys-wellness-cafe.com/petvacc2.htm#hamilton , acesso em 01/07/2007
LITTLE, D. The Prevention of Epidemic Diseases by Homeopathy. Disponível em: http:// www.simillimum.com/education/little-library/index.php , acesso em: 22/06/2007b

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